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Diagnóstico de câncer

Em boa parte dos casos de câncer, o diagnóstico precoce da doença influencia muito na possibilidade e na facilidade de tratá-la. Mas, afinal, como o câncer é diagnosticado?

Apesar de a doença só ser confirmada com uma biópsia na maior parte dos casos, há uma série de exames que contribuem com o diagnóstico do câncer – e, abaixo, você conhecerá todos eles:

Diagnóstico de câncer: da suspeita à confirmação

O diagnóstico do câncer geralmente começa com a percepção de um sintoma anormal ou um exame de rotina com resultado inesperado. É possível, por exemplo, que o paciente busque um médico por apresentar febres constantemente ou por ter notado um nódulo em alguma parte do corpo. Algumas alterações específicas em exames, como a quantidade anormal de glóbulos brancos e glóbulos vermelhos em um hemograma, também podem levantar suspeitas.

Diante de alguma destas situações, o especialista à frente do caso pede um ou mais exames até que a hipótese de câncer seja confirmada ou descartada.

Quais os principais exames para diagnosticar o câncer?

Há três principais grupos de exames usados no diagnóstico do câncer. A maioria deles traz apenas indícios da doença – mas, quando combinados a outras técnicas, podem ajudar a confirmar suspeitas. São eles:

Exames laboratoriais

No hemograma, ocorre a contagem dos diferentes tipos de células presentes na composição do sangue. Anormalidades nestes exames, como níveis aumentados ou reduzidos de determinadas células sanguíneas, podem levantar a suspeita de determinados tipos de câncer (como a leucemia, por exemplo).

Exames bioquímicos são aqueles que analisam a presença e a quantidade de determinadas substâncias no soro, ou seja, na parte líquida do sangue. Nele, é possível entender quantidades de certas proteínas, enzimas e outras substâncias – e, diante de uma anormalidade, o exame pode levantar suspeitas relacionadas, por exemplo, ao mau funcionamento dos rins, do fígado, entre outros orgãos. Estas, por sua vez, podem estar relacionadas ao câncer.

Quando um hemograma identifica alterações nas células analisadas ou na quantidade delas (como a contagem aumentada de linfócitos, por exemplo), a imunofenotipagem ajuda a entender melhor as características desta alteração. Nela, é possível saber se certos resultados do exame de sangue são malignos. Este exame é feito a partir de amostras de sangue, de fluido da medula óssea ou de outros tecidos.

Este exame busca identificar anormalidades nas células presentes na secreção que é produzida na expectoração. Para a análise, o muco do paciente é coletado em um frasco, preferencialmente pela manhã – e, nela, é possível encontrar indícios de câncer no pulmão.

Esta análise busca alterações cromossômicas em amostras de tecidos do corpo, de sangue, de fluido medular ou de fluido amniótico. Aqui, podem ser encontrados cromossomos a mais, defeituosos ou rearranjados – e determinadas características podem ser indicadores de câncer. Além de ajudar no diagnóstico, a análise citogenética também pode auxiliar a definir o tratamento mais adequado e analisar como o organismo está respondendo a ele.

Nestes testes, também feitos a partir de amostras sanguíneas, existe a busca por substâncias geralmente produzidas pelas células cancerosas. Estes marcadores tumorais podem incluir a alfafetoproteína (AFP), o antígeno mucóide associado ao carcinoma (MCA), entre outros.

Também conhecida como exame de urina, a urinálise analisa o conteúdo da urina, bem como a presença de proteínas, células sanguíneas e outras substâncias no líquido. Exames de urina podem auxiliar no diagnóstico de câncer nos rins, na bexiga e outros tipos mais raros no trato urinário.

Também feito a partir de amostras de urina, a citologia urinária é uma análise microscópica que verifica a presença de células cancerígenas no líquido. É útil, por exemplo, para cânceres que afetam o trato urinário.

Apesar de ter “biópsia” no nome, a biópsia líquida ainda não substitui a convencional. Ainda assim, este é um exame inovador que passou a ser aplicado nos últimos anos especialmente em casos nos quais a biópsia convencional é difícil, perigosa ou impossível.

Realizado a partir de uma amostra sanguínea, este exame identifica uma substância chamada “cell-free DNA” no sangue. Ela geralmente está presente quando células cancerígenas se rompem – e, a partir da análise, é possível identificar mutações relacionadas ao câncer.

Exames de imagem

Usado não apenas para investigar o câncer, mas para checar se há metástases ou avaliar a resposta da doença ao tratamento. Nele, uma substância (geralmente glicose) contendo traços radioativos é injetada no paciente e, uma vez que o exame é realizado, as imagens são formadas a partir da radiação emitida por esta substância. Como as células tumorais costumam ter consumo alto de glicose, a substância pode se concentrar em determinados locais, indicando a possibilidade de haver um tumor.

É importante frisar que outras condições de saúde podem ter o mesmo efeito e que, assim como outros exames, apenas o PET Scan não oferece um diagnóstico confirmado.

Neste exame, o paciente se deita sob uma espécie de maca que entra em uma estrutura em forma de túnel. Esta estrutura é um “tubo” de raio-x que se move em torno do paciente, gerando, a partir de radiação, imagens detalhadas de determinadas partes do corpo. Ela pode ser usada para identificar tumores em certos tecidos.

Semelhante à tomografia, a ressonância magnética também faz imagens detalhadas do corpo, incluindo tecidos moles, mas não requer o uso de radiação. Nele, o paciente pode receber um contraste por via endovenosa, aumentando a sensibilidade do exame na hora de detectar doenças. Neste caso, o exame também ajuda na detecção de tumores.

Neste exame, um radiofármaco que se liga às estruturas ósseas é injetado no paciente. Esta substância leva algumas horas para ser captada pelos ossos – e, uma vez que isso acontece, as imagens são captadas de forma a expor todo o tecido ósseo. Desta forma, é possível identificar lesões, fraturas, necrose e até cânceres.

A medicina nuclear se baseia na análise da função dos tecidos e dos órgãos, avaliando a presença de doenças a nível molecular. No exame pautado neste ramo da medicina, também é utilizado uma espécie de contraste que se liga a substâncias específicas nas células. No caso de câncer, os locais afetados pela doença podem absorver mais ou menos do radiofármaco, apontando então a suspeita de câncer.

Neste exame, ondas sonoras são usadas para gerar imagens de determinadas partes do corpo. Ele pode ser feito, por exemplo, no abdômen, nos seios e até no aparelho reprodutor, auxiliando, a partir das imagens, no diagnóstico ou no acompanhamento do câncer.

Biópsia

Amplamente utilizada no diagnóstico de câncer, a biópsia é o exame que é capaz de confirmar a suspeita da doença. Isso porque, usando uma agulha, é possível coletar células de um tumor identificado a partir de outros exames – e, conforme a análise destas células, é determinado se o tumor é benigno ou maligno.

Em alguns casos, é necessário um procedimento de endoscopia para fazer a biópsia de uma estrutura suspeita. Para retirar amostras do trato gastrointestinal, por exemplo, a endoscopia é necessária – e a biópsia feita com esta técnica ajuda a diagnosticar cânceres como o de estômago.

Próximos passos

A partir dos resultados dos exames requisitados, o paciente tende a ser encaminhado a um médico oncologista, que é o especialista em tratamento do câncer. Com ele, pode haver a recomendação de mais exames para entender o estadiamento do câncer e considerar as possibilidades de tratamento da doença.

Dra. Juliana Beal

Formada pela Universidade Católica de Brasília, fez residência médica em Clínica Médica no Hospital de Base do Distrito Federal
e residência em Oncologia Clínica no Hospital israelita Albert Einstein.

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