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As diferenças do Nódulo Benigno e Maligno na Mama

Qual a diferença entre tumor maligno e tumor benigno? Entenda abaixo as características e possibilidades relacionadas a cada um. Dra Juliana Beal

As diferenças do Nódulo Benigno e Maligno na Mama

O câncer de mama acontece a partir de mutações genéticas que fazem células se comportarem de forma incomum. Assim, elas se reproduzem desordenadamente, crescem e formam um tumor. 

Nem todo tumor, porém, é maligno. Mas, afinal, qual a diferença entre tumor maligno e tumor benigno? 

Entenda abaixo as características e possibilidades relacionadas a cada um.

 

Tumor maligno e benigno: diferenças

Muitos associam a palavra “tumor” prontamente ao câncer. É possível, no entanto, chamar de tumor qualquer massa que tenha um crescimento anormal. Isso significa que nem sempre um tumor é um câncer. 

A classificação quanto à malignidade depende de diversos fatores relacionados às células que formam esse tumor. Isso vale para qualquer tumor, inclusive os tumores de mama.

Médicos observam uma série de características anatômicas das células de um tumor para determinar se ele é benigno ou maligno. Tumores benignos, por exemplo, tendem a ter células organizadas de forma mais uniforme, e comportamento não invasivo (ou seja: não têm a capacidade de se infiltrar em tecidos próximos).

Já tumores malignos, por exemplo, costumam ter células de multiplicação rápida, agrupamento desordenado e capacidade infiltrativa. Elas têm formato menos uniforme e podem apresentar outras características específicas em sua aparência.

Além da anatomia, médicos também avaliam as substâncias que essas células contêm. Um nódulo pode, por exemplo, ser formado por tecido adiposo – ou seja, gordura. Um nódulo de gordura, ou lipoma, é um tipo de tumor benigno. Já células que contêm algum marcador tumoral indicam que o tumor é maligno. 

 

Tipos de tumor benigno na mama

Ao analisar um tumor de mama, as chances de se tratar de um tumor benigno são maiores do que as dele ser um câncer. Os tumores benignos de mama, em geral, são:

 

Cisto mamário

Espécies de “saquinhos” cheios de fluido que se formam pela atividade do próprio tecido mamário. Eles são mais comuns em mulheres entre 35 e 50 anos de idade.

 

Fibroadenoma

Nódulos sólidos que se formam nas mamas como reação do tecido às alterações hormonais naturais do corpo. É possível que eles mudem de tamanho e consistência ao longo do ciclo menstrual, e podem ser numerosos. Eles geralmente são móveis, têm crescimento lento e surgem entre os 20 e os 30 anos de idade na maior parte das vezes.

 

Tumor filóide

Raro, esse tipo de alteração se parece com um fibroadenoma, mas apresenta maior quantidade de células e crescimento mais acelerado. Apesar de benigna, essa condição tem forte tendência a reaparecer após sua remoção e pode se tornar maligna.

 

Papiloma

Tipo de nódulo que se desenvolve em ductos da mama e, por isso, não são palpáveis. Eles podem ter como sintoma secreção mamilar (com ou sem a presença de sangue).

 

Lipoma

Nódulo de gordura que pode ter também estruturas ductais (adenolipoma), vasculares (angiolipoma) e cartilaginosas (condrolipoma).

 

Calcificação

Um trauma, uma cirurgia ou determinadas doenças podem favorecer processos de calcificação na mama. Isso forma nódulos durinhos que também são benignos.

 

Tipos de tumor maligno na mama

Tumores com certa organização celular e cujas células têm certos biomarcadores moleculares e imunoistoquímicos são nódulos malignos. Os tipos de tumores malignos variam de acordo com seu comportamento, e sua localização. Um tumor maligno na mama pode ser: 

  • Carcinoma ductal invasivo (ou infiltrante)
  • Carcinoma lobular
  • Carcinoma medular de mama
  • Angiossarcoma
  • Carcinoma tubular de mama;
  • Carcinoma mucinoso ou colóide;
  • Entre outros.

É importante lembrar que nem todos os tipos de câncer de mama se manifestam como lesões nodulares tumorais. O câncer de mama inflamatório e a doença de Paget, por exemplo, não geram nódulos no seio.

 

Tratamento para tumores benignos e malignos

Em geral, um tumor benigno não requer tratamento complementar ao seguimento. Após o diagnóstico, ele pode ser monitorado e, a depender de seu comportamento, removido. Em alguns casos, um tumor benigno pode crescer de forma a pressionar outras estruturas do corpo e gerar desconfortos ou complicações. É nesses casos que se recomenda a remoção.

Já tumores malignos passam por uma detalhada análise para que se conheça todas as suas características. Com essas informações em mãos, o oncologista – ou “médico de câncer” – sabe de qual tipo da doença se trata, a quais tratamentos ele tende a responder melhor e até o quão agressivo esse tumor é.

Todas essas informações são obtidas após uma biópsia, procedimento minimamente invasivo que retira uma amostra do nódulo para análise. Nem todos os tumores, porém, requerem biópsia. Um nódulo encontrado em um exame clínico pede um exame de imagem – e, a partir dessa imagem, é possível entender se há indicação para biópsia ou não. 

Após a biópsia, o material coletado é analisado. Nesse processo, avalia-se as características físicas da célula e também sua composição química. Esses exames são chamados de anatomopatológico e imunoistoquímico.

Se você nota um nódulo palpável na mama, não se desespere. Busque um mastologista para avaliar essa formação – e, se necessário, conte também com um especialista em câncer de mama. Se já estiver buscando um oncologista de câncer de mama, entre em contato e eu ficarei feliz em te acompanhar nesse processo!

 

Mais perguntas e respostas sobre tumores benignos e malignos

O que é um nódulo calcificado na mama?

Uma calcificação na mama pode surgir, por exemplo, a partir de traumas, cirurgias ou até processos infecciosos na região. Geralmente trata-se de um nódulo benigno, geralmente pequeno e que não cresce. Padrões de calcificações nos exames de imagem podem inferir malignidade ou benignidade.

 

Qual a chance da mamografia dar errado?

A mamografia, principal exame para a detecção do câncer de mama, detecta cerca de 87% das lesões malignas. Há, porém, chances de haver um falso-negativo ou falso-positivo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as chances de haver um falso-negativo na mamografia ficam em 10%. Já o falso-positivo é um erro um pouco mais comum, e acaba se confirmando em um exame complementar.

 

Por que repetir uma biópsia de mama?

Uma biópsia pode ter resultado inconclusivo. Isso significa que, a partir do material coletado, não foi possível identificar a condição da paciente. Nesses casos, recomenda-se uma nova biópsia ou até a retirada do nódulo. 

 

Qual exame detecta se o nódulo na mama é benigno ou maligno?

Para determinar se um tumor é maligno ou benigno, o primeiro passo é realizar uma biópsia ou a remoção desse nódulo. A partir disso, são feitos os exames chamados anatomopatológico e imunoistoquímico, responsáveis por analisar as células deste tumor. Isso vai determinar se ele é ou não canceroso.

 

Câncer de mama tem cura?

O câncer de mama pode ser curado a depender de algumas características. O estadiamento da doença no momento da descoberta é um fator determinante. Quanto antes o câncer for descoberto, maiores são as chances de cura de forma geral. Atualmente, análises detalhadas dos tumores permitem a utilização de terapias-alvo com chances mais altas de sucesso do que tratamentos sistêmicos em alguns casos.

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