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Câncer de mama HER2-low: o que significa esse novo termo e quais os impactos no tratamento?

Câncer de mama HER2-low: o que significa esse novo termo e quais os impactos no tratamento?

O câncer nunca deixa de ser estudado e, como consequência, novas categorizações, tratamentos e protocolos podem surgir. Um caso assim é o surgimento do termo câncer de mama HER2-low, que designa tumores que expressam a proteína HER2, mas em níveis baixos. Entenda o que são esses tumores e como isso pode personalizar ainda mais o tratamento da doença:

O que é a categoria HER2-low?

Quando um câncer é diagnosticado, a biópsia é usada para retirar células do tumor. Patologistas então avaliam essas células em diversos níveis, e um deles é a análise imuno-histoquímica (IHC), que mostra uma série de características desse câncer. É nessa etapa que é possível ver, por exemplo, se as células cancerígenas expressam a proteína HER2.

A proteína HER2 (abreviação de human epidermal growth factor receptor 2) aparece na superfície de algumas células e ajuda a ditar o crescimento e a multiplicação delas. No caso do câncer, pode haver superexpressão dessa proteína, algo que leva a um crescimento celular desordenado do tumor. Nesses casos em que é possível determinar a expressão exagerada, o tumor é classificado como HER2+ (positivo).

Quando não há superexposição, o tumor é classificado como HER2-(negativo). Entretanto, existe um espectro de negatividade, visto que a proteína pode não estar hiperexpressa nas células, mas pode ainda estar presente em alguma quantidade. Isso é o que acontece na categoria HER2-low, uma nova nomenclatura, quando há níveis baixos de HER2 que não bastam para considerar o tumor HER2+ – mas também não são totalmente ausentes como em casos de tumores HER2-.

Essa categoria representa cerca de 55% dos casos de câncer de mama, incluindo tumores hormonais positivos e triplo-negativos. Anteriormente, tumores assim eram tratados como HER2-, mas reconhecer os níveis baixos dessa proteína colocou esses tumores em um contexto propício para o uso de terapias específicas.

Como a nova nomenclatura impacta o tratamento do câncer de mama?

Até 2022, pacientes com HER2-low eram tratados como HER2-. Isso vetava o acesso deles a terapias direcionadas a essa proteína – ou seja, medicamentos que a utilizam como “alvo”. Isso, porém, mudou com a aprovação de medicamentos específicos para esse tipo da doença.

Agora, pessoas com esse subtipo da doença podem se beneficiar de terapias-alvo específicas para cânceres com essa característica.

Medicamentos para HER2-low

No tratamento para HER2-low, pode ser usada, por exemplo, o Trastuzumabe deruxtecan (Enhertu). Aprovado em 2022, ele demonstrou redução no risco de progressão da doença (em 50%) e mortalidade (em 36%) em comparação com a quimioterapia nos casos de câncer de mama metastático.

É preciso lembrar, porém, que o tratamento do câncer de mama, em qualquer caso, segue multidisciplinar. Ele ainda pode pedir a realização de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. A diferença, aqui, é que agora mais pessoas têm acesso a terapias-alvo mais específicas, com resultados promissores.

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Mais sobre subtipos de câncer de mama

Não exatamente. O HER2-low não é um subtipo biológico independente do câncer de mama, e sua designação depende de se constatar níveis baixos de HER2. Apesar de não ser própria, porém, ela é relevante e pode beneficiar pacientes.

Os critérios são:

  • IHC 1+
  • IHC 2+ com FISH negativo (ou seja, sem amplificação gênica)

Sim, e é justamente esta a importância dessa nova nomenclatura. Com ela, pacientes com baixos níveis de HER2 têm acesso a terapias-alvo específicas para esse tipo de câncer – como o Enhertu, primeira terapia-alvo aprovada para esse perfil molecular em cânceres de mama metastáticos. Ele prolonga significativamente a sobrevida – e, no futuro, pode haver ainda outros medicamentos com esse efeito.

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