
Prevenção e diagnóstico precoce em casos de câncer de mama
Apesar de ser o tipo de câncer mais comum de câncer diagnosticado em mulheres no Mundo, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é também um dos mais manejáveis. Isso porque, ainda que não exista uma receita para garantir que ela não se desenvolverá, há medidas que ajudam a prevenir o câncer de mama – e, além disso, ele também é um dos tipos mais tratáveis quando em estágios iniciais.
Veja dicas para prevenir o câncer de mama ou assegurar o diagnóstico precoce da doença, algo que, em boa parte dos casos, assegura enormes chances de cura.
Câncer de mama: o que é
O câncer de mama se forma quando, por razões genéticas ou influência de agentes cancerígenos, células anormais passam a se multiplicar. Desta forma, elas passam adiante o funcionamento defectivo – e, com isso, formam uma massa, também conhecida como neoplasia ou tumor.
Tumores podem ser benignos ou malignos. O que os diferencia é, de forma geral, a forma como suas células são organizadas e a capacidade de invadir tecidos adjacentes. No caso de um tumor maligno, as células que o formam conseguem se infiltrar em outros órgãos ou viajar pela corrente sanguínea, acometendo mais de uma parte do corpo.
No caso do câncer de mama, o tumor se forma no seio, podendo ser então caracterizado como in situ (ou não invasivo) ou invasivo. Dentro destas possibilidades, a classificação do câncer de mama muda de acordo com a estrutura em que ele se instala, a velocidade com que ataca os tecidos e os sintomas que causa.
Como prevenir o câncer de mama: hábitos para adotar, descartar ou mudar
Ainda que as causas do câncer de mama não sejam totalmente conhecidas, acredita-se que o surgimento do tumor na mama venha de uma combinação de fatores. Em geral, relaciona-se a predisposição genética, além de questões hormonais, psicológicas e estilo de vida.
Sendo assim, não existe uma “receita” para garantir que o câncer de mama não acontecerá – mas é, sim, possível tomar atitudes que ajudam a reduzir os riscos (e deixar de lado hábitos que tornam o organismo mais propenso a ele). A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por exemplo, indica:
- Manter-se em um peso saudável;
- Evitar o consumo de álcool;
- Evitar o consumo de alimentos industrializados;
- Praticar atividades físicas regularmente.
A amamentação também é apontada como um fator protetor em relação a este câncer.
Além disso, é preciso considerar também fatores que indicam a predisposição ao câncer de mama e não podem ser eliminados em mudanças de hábito. São eles:
- Histórico de câncer de mama na família;
- Histórico pessoal de câncer de mama;
- Histórico de tratamento com radioterapia no passado;
- Uso de terapia hormonal durante a menopausa;
- Idade avançada.
Nestes casos, é indicado consultar um especialista em câncer de mama para avaliar os protocolos existentes de rastreio da doença, como a realização de exames genéticos. A partir daí, estuda-se a necessidade de um acompanhamento ainda mais rigoroso, o uso de medicação protetiva ou, até mesmo, a realização de cirurgias profiláticas. A mais conhecida deste tipo é a remoção do tecido mamário em caso de predisposição genética ao câncer de mama.
Por que o diagnóstico precoce do câncer de mama é importante?
Ainda que o diagnóstico de qualquer tipo de câncer gere apreensão, o câncer de mama tem estatísticas mais animadoras do que muitos imaginam. É sabido, por exemplo, que a maior parte dos pacientes que recebe cuidados apropriados vive uma vida longa após o diagnóstico – e, para isso, é essencial que a doença seja descoberta precocemente.
Quanto mais cedo a doença é diagnosticada, maiores são as chances de cura do câncer de mama. Apesar dos dados sobre a taxa de sobrevivência de pacientes serem apenas estimativas, a American Cancer Society aponta que 99% das pacientes diagnosticadas com câncer localizado – ou seja, em estágio inicial – sobrevivem à doença. Já nos casos em que o câncer de mama é metastático – ou seja, se espalhou para outras partes do corpo – esta taxa cai para 30%.
Como diagnosticar precocemente o câncer de mama
Apesar do autoexame para detecção do câncer de mama ser algo bastante divulgado, ele não deve ser a principal e muito menos a única forma de prevenção. Isso porque, apesar de eficaz em alguns casos, o autoexame tende a detectar tumores apenas quando eles são superficiais ou muito grandes (fator que pode indicar estadiamento avançado).
Sendo assim, ainda de acordo com a American Cancer Society, a melhor forma de diagnosticar precocemente o câncer de mama é realizando exames regulares sob acompanhamento médico. Em exames de imagem, tumores menores e não tão superficiais podem ser encontrados – e, assim, as chances de um diagnóstico precoce são maiores.
É indicado que mulheres acima dos 40 anos discutam com seus médicos sobre o contexto pessoal (como histórico de câncer de mama na família) para entender os melhores caminhos. A partir dos 45, é indicado fazer mamografias anualmente.
Mesmo quem não tem fatores de risco ou idade apropriada para começar a fazer os exames regulares, porém, deve se familiarizar com a própria mama. Desta forma, qualquer alteração em textura, formato ou coloração se torna mais facilmente notável – e estas devem ser devidamente comunicadas ao médico.
1 Comment
Ana Paula
12 de setembro de 2023Perfeito Ju! Super esclarecedor ! Parabéns!