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O que é o BI-RADS? Entenda o resultado da mamografia

O que é o BI-RADS? Entenda o resultado da mamografia

A mamografia é o exame considerado padrão-ouro para a detecção do câncer de mama. Isso significa que é o exame mais indicado e com maior acurácia para diagnóstico da doença. Além disso, é recomendado que a mulher a partir de uma determinada idade submeta-se ao exame anualmente para verificar os indícios da doença.

Mas, afinal, como interpretar o resultado da mamografia e o que é o BI-RADS, sigla que pode aparecer no laudo?

Com indicativo numérico que vai de 0 a 6, a sigla facilita a comunicação entre o médico responsável pelo laudo do exame e o oncologista de câncer de mama. Sendo assim, o especialista é a pessoa indicada para traduzir o resultado do exame para você.

O que é a classificação BI-RADS?

A sigla significa “Breast Image Reporting and Data System” que, em tradução livre, é “sistema de informação e descrição de imagens de mama”.

Sendo assim, trata-se de um sistema de classificação relacionado à forma de interpretar exames da mama. Ele foi criado em 1993 pelo Colégio Americano de Radiologia. O principal motivo de sua existência é manter uma comunicação objetiva entre médicos.

Ele é numerado de 0 a 6, e cada numeração designa um cenário diferente envolvendo uma alteração na mama. Essa é uma forma de tornar a classificação o mais objetiva possível. 

Com o BI-RADS, é possível sinalizar, por exemplo, que há:

  • Alterações claramente benignas;
  • Alterações claramente malignas;
  • Lesões que requerem acompanhamento periódico;
  • Nódulos que precisam ser examinados por uma biópsia.

Em geral, o BI-RADS aparece em laudos de exames de mamografia. Ele também pode estar presente nos laudos de ultrassonografia mamária e de ressonância magnética das mamas.

Vale ressaltar ainda que ele não é usado para identificar qual o tipo de câncer presente. Para isso, caso haja suspeita da doença, é fundamental complementar a investigação com exames complementares.

O que significam os números do BI-RADS

A numeração indica o grau de gravidade que a lesão identificada possivelmente apresenta. Veja abaixo o significado de cada uma:

BI-RADS 0: essa classificação é utilizada quando o radiologista entende que o exame precisa ser complementado por outros métodos já que não conseguiu ser definitivo no resultado. 

BI-RADS 1: sem indícios de tumores. Este é o resultado mais animador para uma mamografia, pois significa que não foi encontrado nada suspeito no exame. Ou seja, que não há indícios de câncer de mama ou de qualquer outra alteração benigna no tecido mamário. Pacientes que recebem BI-RADS 1 estão livres para seguir com o acompanhamento protocolar, fazendo mamografias conforme orientação do oncologista.

BI-RADS 2: designado quando há uma alteração com características benignas no exame.

BI-RADS 3: definido quando há uma alteração, porém não é possível afirmar se é benigna ou não. Com essa classificação, o radiologista afirma que o exame encontrou algo provavelmente benigno e que merece acompanhamento.

Em geral, a recomendação é que a paciente repita o exame em 6 meses. O BI-RADS 3 está relacionado a baixas chances de surgimento de câncer de mama (menores que 2%).

BI-RADS 4: é dividido entre 4A, 4B e 4C e, em todos os casos, é uma indicação para a realização de biópsia. Nessa categoria, as chances de a paciente ter câncer de mama varia entre 2% e 95%.

As diferenças entre os tipos de BI-RADS 4 são:

  •  BI-RADS 4A: é mais provável que a alteração encontrada seja benigna, mas não é possível garantir. Considera-se 10% de chances da alteração em questão ser um câncer de mama e, portanto, o monitoramento anual deve se tornar semestral;
  • BI-RADS 4B: o risco de a alteração encontrada ser um câncer de mama sobe, mas ainda mantém-se abaixo de 50%;
  •  BI-RADS 4C: nesse cenário, o risco de a lesão ou nódulo encontrado ser um câncer varia entre 50% e 95%

É preciso frisar que independentemente de o BI-RADS ser classificado como 4A, 4B ou 4C, todos eles devem ser encaminhados à biópsia.  

BI-RADS 5: designado a lesões com muitas características de câncer de mama. Essa classificação indica que, no exame, o radiologista encontrou algo suspeito na mama, geralmente com características muito comuns em tumores malignos. Nesses casos, as chances da lesão encontrada ser câncer de mama é superior a 95%. 

Em casos assim, caso a paciente ainda não faça acompanhamento com o oncologista clínico, é feito o encaminhamento para o especialista. Ele dará andamento na investigação.

Uma biópsia deve ser feita para avaliação das características anatomopatológicas e imunohistoquímicas da doença. Quando constatada a malignidade, o especialista orienta  a paciente sobre as opções de tratamento viáveis.

BI-RADS 6: quando o exame foi realizado depois de sabidamente haver um diagnóstico de câncer de mama. Por exemplo, uma ressonância após biópsia que confirmou se tratar de lesão maligna.

Quando se preocupar com o BI-RADS

As classificações BI-RADS que mais merecem atenção são 4B, 4C e 5. A indicação BI-RADS 3 apresenta chances de ser um câncer, ainda que reduzidas. Já pacientes que recebem BI-RADS 1 não possuem suspeita de câncer.

Se você realizou uma mamografia recentemente e se deparou com o termo, primeiramente, respire fundo! Mesmo que seja diagnosticado câncer, saiba que, graças aos avanços no tratamento do câncer de mama, as chances de cura são altas. Procure o seu oncologista em São Paulo ou em sua cidade e tire todas as suas dúvidas.

Lembre-se: o melhor oncologista é aquele que te passa segurança e tranquilidade.

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