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Mastectomia para câncer de mama: como e quando é feita

Mastectomia para câncer de mama: como e quando é feita

O tratamento do câncer de mama é decidido após análise detalhada do tumor, seu estadiamento e o estado geral do paciente. Em boa parte dos casos, uma das etapas do tratamento é a cirurgia da mama. Entretanto, nem sempre é necessária a mastectomia.

Conheça os tipos do procedimento, como ela é realizado e saiba para quem esse ele costuma ser indicado:

O que é uma cirurgia de mastectomia?

Esse é o nome dado à cirurgia que remove a mama, seja de forma parcial ou total. Nela, podem ser retirados tecidos como pele, tecido mamário, musculatura e linfonodos com o objetivo de tratar o câncer.

A sua indicação dentro do tratamento do câncer de mama depende do tipo da doença, extensão da lesão e suas características. Além disso, ela pode ser realizada de forma preventiva, para que não desenvolvam-se células cancerígenas no tecido mamário.

O procedimento é realizado pelo mastologista, que pode contar com o auxílio do cirurgião plástico.

Quando bem indicada e realizada, a mastectomia aumenta as chances de cura ou remissão da paciente oncológica. A sua recomendação deve ser combinada com o uso de medicações e avaliada a cada caso.

Tipos de mastectomia

Há, ao todo, seis tipos do procedimento. São eles:

  • Mastectomia total ou simples: neste procedimento, toda a mama afetada é removida. É feita a retirada, inclusive, do mamilo, da pele e até mesmo do tecido que recobre o músculo peitoral. Em alguns casos, alguns dos linfonodos axilares podem ser removidos; 
  • Radical ou à Halsted: assim como no tipo anterior, a mama inteira é removida, mas a cirurgia se estende a outras estruturas. Aqui, os linfonodos axilares são removidos – assim como os músculos peitorais. Atualmente, esse tipo mais agressivo de mastectomia raramente é feito. Isso porque foi identificado que é possível chegar aos mesmos resultados oncológicos com a chamada mastectomia radical modificada, que oferece melhores desfechos estéticos;
  • Mastectomia radical modificada: nesse tipo de procedimento, a simples e a radical são combinadas. Sendo assim, é removido todo o seio (pele, mamilo e o tecido que recobre o músculo), e todos os linfonodos axilares;
  • Mastectomia poupadora da pele: o tecido glandular do seio e o mamilo são removidos, mas a pele que recobre a mama é preservada. É como se a mama fosse “esvaziada”, mas a pele fosse mantida, reduzindo cicatrizes e facilitando a cirurgia reconstrutora da mama. Em casos de tumores muito grandes, próximos da pele ou tipos de câncer que afetam a pele, esse tipo de mastectomia é contraindicado;
  • Mastectomia poupadora do mamilo (também chamada de adenomastectomia): quando a cirurgia é feita de modo que a pele, o mamilo e a aréola sejam poupados. Ela é viável quando não há indícios de células cancerígenas nos tecidos citados, o que acontece normalmente em estágios iniciais. Dupla ou bilateral: nestes casos, a cirurgia é feita nas duas mamas. A cirurgia de escolha geralmente é a adenomastectomia (poupadora de mamilo, aréola e pele) e é indicada para pacientes saudáveis que possuam predisposição genética ao câncer com indicação de cirurgia redutora de risco de desenvolver câncer.

 Indicação da mastectomia

De forma geral, o tratamento curativo do câncer de mama envolve cirurgia, e a mastectomia é indicada quando a doença está localizada na mama e em linfonodos axilares. É preciso frisar, porém, que a definição do melhor plano terapêutico é feita em conjunto com mastologista e oncologista de câncer de mama. Essa decisão é feita após avaliação do tumor, estadiamento da doença, estado de saúde do paciente, extensão do câncer, etc. 

Como fica a mama depois da mastectomia

O estado do seio após a mastectomia para câncer de mama depende de uma série de fatores. Caso a cirurgia realizada seja a simples, a mama da paciente dá lugar a uma superfície levemente irregular, mas sem a protuberância de um seio.

No caso de procedimentos que preservam algumas estruturas, a reconstrução mamária poderá ser feita logo em seguida, ainda na mesma cirurgia. Assim, a aparência da mama após a mastectomia é parecida com a original, mas como potenciais diferenças de tamanho e formato. 

Recuperação da mastectomia

A recuperação da mastectomia varia de caso a caso. Vale ressaltar, no entanto, que a paciente oncológica merece atenção extra no pós-operatório por conta do risco de infecções e outras intercorrências. Por isso, os cuidados com o curativo e, se houver, o dreno, devem ser redobrados. Esses são oferecidos pela equipe cirúrgica.

Reconstrução mamária

A reconstrução mamária busca devolver aos seios da paciente submetida à mastectomia a aparência mais natural possível. Ela pode ser realizada durante a mastectomia (reconstrução imediata) ou após a cirurgia (reconstrução tardia).  

Em geral, a reconstrução mamária utiliza um implante de silicone para igualar o tamanho das mamas, apresentando resultados muito positivos. Quando não é possível preservar o mamilo, há pacientes que fazem tatuagens que simulam a estrutura para um efeito mais realista. 

Nem sempre, no entanto, a paciente deseja realizar a cirurgia reconstrutora. Algumas se adaptam aos novos contornos ou preferem alternativas menos invasivas, como o sutiã para mastectomia. Recursos como esse tornam menos perceptível a ausência da mama no dia a dia.

No Brasil, a reconstrução mamária é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em casos de mastectomia por câncer de mama.

Mastectomia ou quadrantectomia?

A quadrantectomia consiste na remoção do quadrante do seio em que o tumor está localizado. Também chamada de cirurgia conservadora da mama ou mastectomia parcial, ela visa a máxima preservação dos tecidos da mama.

Em geral, a quadrantectomia é a primeira opção na hora de se fazer uma cirurgia para câncer de mama. Em alguns casos, porém, isso não é possível – e, neles, a mastectomia é o procedimento mais indicado.

Mastectomia profilática

A mastectomia profilática, ou cirurgia redutora de risco, é a retirada da mama antes do desenvolvimento de um câncer. Ela ocorre quando a paciente é definida como de altíssimo risco para câncer de mama por meio de análises genéticas ou histórico familiar.

Nesses casos, muitas mulheres optam por prevenir a doença com uma adenomastectomia bilateral, cirurgia na qual os dois tecidos glandulares dos seios são removidos.

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