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Tipos de câncer de mama e chances de cura: particularidades e tratamentos de cada um

Tipos de câncer de mama e chances de cura: particularidades e tratamentos de cada um

Ao falar sobre câncer de mama, é importante entender que muitas vezes a cura é a remissão da doença. As chances de alcançá-la ou de ter uma longa sobrevida após o diagnóstico, porém, depende de diversos fatores. Um desses fatores é o tipo de câncer de mama com o qual a paciente é diagnosticada, visto que há tumores mais agressivos e menos responsivos aos tratamentos que outros.

 Entenda melhor abaixo sobre as chances de cura dos principais tipos de câncer de mama, quais as particularidades de cada um com relação ao tratamento.

 

Câncer de mama: tratamento e chances de cura

O câncer de mama acontece quando, por diversos fatores, células mamárias sofrem mutações e se multiplicam de forma a passá-las adiante. Quando o organismo não é capaz de corrigir essas mutações, um grupo cada vez maior de células se comporta de forma imprevisível e prejudicial. Isso forma um tumor, que pode ser benigno ou maligno. O câncer compreende o segundo caso, quando as células têm capacidade infiltrativa.

Devido ao fato dessas células serem fruto de mutações, tumores são estruturas que o sistema imunológico do corpo tem dificuldade em reconhecer e combater. É por isso que o tratamento de câncer é, em geral, agressivo e sistêmico, de forma a atacar o máximo de células cancerígenas possível. A linha de tratamento, porém, varia de acordo com fatores como

  • Estágio da doença no momento do diagnóstico;
  • Estado clínico geral da paciente;
  • Histórico de outros cânceres;
  • Tipo do câncer de mama.

O tratamento do câncer de mama tende a incluir cirurgia e quimioterapia. Alguns também requerem sessões de radioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo. A ordem dessas linhas de tratamento, a frequência das sessões, e o tipo de medicamento usado são condutas definidas pelo oncologista – ou seja, o “médico de câncer”.

É importante frisar que o câncer de mama tem cura em grande parte dos casos. Essas chances aumentam quando o diagnóstico da doença acontece em um estágio inicial. Quando se descobre a doença em estágios avançados, no entanto, ainda é possível tratar a doença buscando a remissão em alguns casos, a depender das particularidades de cada quadro.

 

Tratamento e chances de cura do câncer de mama por tipos

O câncer de mama não é uma doença única. Ela tem uma série de tipos que se diferenciam por uma série de fatores como:

  • Células que originam o tumor;
  • Comportamento do tumor;
  • Presença ou ausência de determinados marcadores;
  • Velocidade de crescimento;
  • Capacidade infiltrativa;
  • Localização.

 Confira abaixo 12 tipos de câncer de mama, algumas de suas particularidades, os tratamentos que costumam ser utilizados e as chances de cura de cada um deles:

 

Carcinoma Ductal In Situ

Essa é uma forma bastante inicial do câncer de mama. Ela ocorre nos ductos mamários, e a expressão “in situ” indica que a doença se restringe a essa estrutura, sem invadir outras partes da mama.

As chances de cura desse tipo de câncer são extremamente altas devido ao caráter inicial da doença. Isso implica, porém, que o diagnóstico seja feito nessa fase, enquanto a doença ainda não tem características invasivas.

O tratamento do carcinoma ductal in situ costuma envolver cirurgia (mastectomia ou apenas a retirada do tumor com margens, a depender da necessidade). Em alguns casos, pode ser necessário também fazer radioterapia. A quimioterapia não costuma fazer parte do tratamento neste momento.

 

Carcinoma Ductal Invasivo

Esse tipo de câncer também se origina nos ductos mamários, mas suas células têm capacidade infiltrativa. Isso significa que o tumor invade tecidos próximos ao que lhe deu origem. Aqui, há mais chances da doença se espalhar para o restante da mama, linfonodos e outras partes do corpo. Esse é o tipo mais comum de câncer de mama. 

O carcinoma ductal invasivo também tem altas taxas de cura. Elas são maiores, no entanto, quando o câncer é descoberto em estágios iniciais, nos quais não há, por exemplo, comprometimento de linfonodos. 

Quando o estágio é intermediário, pode ser necessário um tratamento mais agressivo, mas ainda há chances de remissão. Quando ele é metastático – ou seja, se apresenta fora da mama –, o tratamento visa melhorar a qualidade de vida da paciente e frear o avanço da doença.

O tratamento desse tipo de câncer geralmente combina cirurgia e quimioterapia. Isso porque, apesar da operação retirar o tumor (ou a mama por completo), a capacidade infiltrativa da doença vem do fato de que suas células podem viajar pelo corpo. Assim, é necessário um tratamento que ataque as células além da mama.

A escolha da medicação usada no tratamento depende também das características do tumor. Isso porque as células desse câncer podem expressar diferentes marcadores que as tornam mais ou menos suscetíveis a certas terapias. É o caso dos receptores hormonais e da proteína HER2.

 

Carcinoma Lobular In Situ

Parecido com o carcinoma ductal in situ, esse tipo de câncer de mama se origina nos lóbulos mamários e se restringe a essa estrutura. Sem capacidade infiltrativa, ela é uma condição precursora – mas requer atenção devido à possibilidade de evoluir para um tipo invasivo da doença.

Esse tipo de câncer não requer tratamento imediato. Muitos casos nem sequer se tornam invasivos e não prejudicam a saúde da paciente. É preciso, no entanto, monitorar a doença, visto que quem tem esse tipo de carcinoma tem mais chances de desenvolver um câncer de mama invasivo.

O monitoramento é feito com mamografias regulares e é possível que a paciente seja aconselhada a adotar certas medidas para reduzir os riscos de ter um câncer invasivo. A frequência dos exames e o uso de algum medicamento são questões determinadas pelo médico oncologista de câncer de mama.

 

Câncer de Mama Inflamatório

Esse tipo de câncer de mama é mais raro e não se apresenta da mesma forma que as demais. Ele ocorre quando células cancerígenas causam uma obstrução nos vasos linfáticos da mama. Isso causa inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura da mama e aparência de “casca de laranja” na pele, sem haver um nódulo.

A natureza mais agressiva desse tipo de câncer faz com que o prognóstico seja mais reservado. Além disso, ela se desenvolve rapidamente e, por isso, o diagnóstico costuma ser mais tardio, algo desfavorável para um tratamento que busca a remissão. Ainda assim, é possível utilizar quimioterapia, cirurgia e radioterapia para tratá-lo.

É preciso frisar que, como esse câncer é agressivo, são altas as chances de haver metástase no momento do diagnóstico. Isso significa que a doença se espalhou para outros órgãos do corpo e, por isso, o tratamento é mais voltado para reduzir o impacto dela no organismo. O objetivo principal é trazer conforto e qualidade de vida para a paciente.

 

Câncer de Mama Triplo-Negativo

Células do câncer de mama têm determinadas características que variam de caso a caso. Elas podem expressar ou não receptores hormonais (de estrogênio e progesterona) e/ou a proteína HER2. O câncer de mama triplo-negativo, porém, não expressa nenhum desses marcadores tumorais, algo que o torna mais “invisível” a tratamentos que utilizam marcadores alvos para localizar e destruir as células cancerígenas.

As chances de cura desse tipo de câncer existem, mas são mais baixas que as de um carcinoma ductal in situ, por exemplo.

 

Angiossarcoma

Esse tipo de câncer de mama tem origem nos vasos sanguíneos dos seios. Ele é um câncer agressivo e de difícil tratamento, e suas chances de cura dependem muito do estágio e da localização do tumor. Seu tratamento costuma incluir cirurgia, quimioterapia e, ocasionalmente, radioterapia.

Carcinoma Medular de Mama

As células deste tipo raro da doença são diferenciadas. Elas dão origem a um tumor de margens bem delimitadas e que, além disso, tem comportamento menos agressivo que outros tipos da doença. Sendo assim, o prognóstico deste tipo de câncer é positivo, especialmente quando há diagnóstico precoce.

Em geral, o tratamento para carcinoma medular da mama inclui cirurgia e radioterapia.

 

Carcinoma Tubular de Mama

Esse câncer é um tipo de carcinoma ductal invasivo com células de formato diferente ao microscópio. Ao contrário de outros tipos, ele é bem menos agressivo e tem estrutura muito bem delimitada. Em geral, seu tratamento envolve cirurgia e radioterapia, tudo com um bom prognóstico e menos chances de se espalhar para os linfonodos.

 

Carcinoma Mucinoso

Esse tipo de câncer de mama tem como diferencial a produção de muco pelo tumor. Ele tem desenvolvimento mais lento e, portanto, é menos agressivo. Apesar de ser um tipo raro de câncer de mama, ele tem bom prognóstico, especialmente quando identificado precocemente.

O tratamento costuma incluir cirurgia e quimioterapia.

 

Tumor Filoide de Mama

Esse tipo raro de tumor pode ser benigno ou maligno. No primeiro caso, a conduta baseia-se apenas na retirada cirúrgica. Quando se trata de um tumor maligno, no entanto, ele recebe o nome de sarcoma filoide e requer a retirada de uma margem maior além do tumor – ou até mastectomia total. Em alguns casos, pode ser necessário utilizar alguma terapia juntamente da cirurgia.

As taxas de recidiva desse tipo de tumor, quando maligno, são altas. Sendo assim, a remissão depende de diversos fatores: escolha da melhor terapia, momento do diagnóstico, resposta ao tratamento, etc.

 

Doença de Paget

Esse tipo de câncer se manifesta na pele do mamilo, com sintomas como coceira, descamação, vermelhidão e, ocasionalmente, secreção mamilar. Geralmente curável com cirurgia, esse tipo da doença tem maiores chances de remissão quando diagnosticado precocemente. Quando o caso é mais avançado, pode ser necessário um tratamento adjuvante, com quimioterapia ou radioterapia.

 

Câncer de mama metastático

No momento, não há cura para o câncer de mama metastático. Os tratamentos para esse tipo da doença visam a manutenção da qualidade de vida da paciente, buscando prolongá-la. Em geral, esse tratamento paliativo se baseia em quimioterapia, terapias-alvo, imunoterapia e, em alguns casos, cirurgia.

A oncologia mamária é uma área da medicina que vem se desenvolvendo muito, com o surgimento de cada vez mais tratamentos e inovações. Por isso, contar com um médico especialista em câncer de mama pode ajudar a garantir o acesso ao que há de mais moderno no setor.

Caso tenha recebido o diagnóstico de câncer de mama e queira mais informações sobre o que esperar e qual caminho seguir, entre em contato e agende a sua consulta. 

 

Mais sobre tipos de câncer de mama e seus tratamentos

Qual câncer de mama é mais difícil de curar?

O câncer de mama tem cura, mas algumas particularidades podem tornar esse processo mais difícil. Além do câncer de mama metastático, que não tem cura, outros tipos de câncer que se apresentam de formas mais persistentes são:

  • Câncer de mama triplo-negativo;
  • Câncer de mama inflamatório;
  • Câncer de mama Luminal B (subtipo HER2-negativo).

Qual o tempo de duração do câncer de mama?

A duração do tratamento do câncer, desde o diagnóstico até a possível cura, pode variar entre seis meses e alguns anos. Tudo depende de fatores como:

  • Idade da paciente;
  • Histórico de câncer de mama;
  • Características específicas do tumor (como marcadores);
  • Estado clínico geral da paciente;
  • Estadiamento da doença no momento do diagnóstico.

 

 

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