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Efeitos colaterais comuns no tratamento do câncer e como amenizar

Efeitos colaterais comuns no tratamento do câncer e como amenizar

A depender do tipo da doença, da localização do tumor e de sua agressividade, o tratamento de câncer pode envolver a administração de várias terapias diferentes – e todas elas têm efeitos colaterais.

 

Antes de iniciar o tratamento, é impossível prever a intensidade dos efeitos colaterais e quanto tempo eles vão durar, mas há um conjunto de reações adversas mais comuns. Sendo assim, é possível antecipá-las, estar atento ao seu surgimento e encontrar formas de amenizá-las.

 

Conheça os efeitos colaterais mais comuns do tratamento do câncer, quais precisam de atenção emergencial e como podem ser amenizados.

 

O que o tratamento de câncer de mama faz no corpo

Boa parte dos tratamentos para câncer são sistêmicos – ou seja, afetam o corpo como um todo e não apenas uma parte dele. É o caso, por exemplo, da quimioterapia, que ataca células de divisão rápida por todo o corpo e, com isso, além de afetar o tumor, também impacta células de crescimento rápido. São elas, mucosas, folículos capilares e, até mesmo, as células sanguíneas, causando anemia e afetando a imunidade. 

 

Já a radioterapia, também muito utilizada, é um tratamento local – mas que também traz efeitos colaterais indesejados devido ao uso de radiação. É possível, por exemplo, que o paciente perceba fadiga, além de lesões no local da aplicação (vermelhidão, escurecimento da pele e até descamação). Em geral, tais efeitos costumam se resolver de 6 meses a 1 ano após término do tratamento. 

 

Quais são os efeitos colaterais mais comuns do tratamento do câncer?

Os efeitos adversos de um tratamento de câncer dependem do tipo de droga ou protocolo utilizado, da agressividade que o tratamento deve ter para atingir a doença. O tempo de duração deles também depende de uma gama de fatores, como o período de uso do medicamento, a frequência das aplicações, entre outros.

 

Ainda assim, alguns desses efeitos colaterais são bastante comuns e até esperados na maior parte dos tratamentos de câncer. São eles:

 

Náuseas, vômito e distúrbios gastrointestinais

Tanto a quimioterapia quanto a imunoterapia, a terapia hormonal e a radioterapia focada na região abdominal são tratamentos conhecidos por causar enjoo e episódios de vômito. Esse tende a ser um dos sintomas mais importantes do tratamento de câncer, visto que pode desencadear desidratação e perda de peso, além de intensificar a fadiga e a fraqueza.

 

Por ser muito comum, médicos já costumam prescrever medicamentos contra náuseas antes mesmo de o paciente se queixar do problema, garantindo que ele estará preparado para lidar com ele. Há uma série de classes de medicamentos que podem ser usados contra esse efeito colateral e pode ser necessário utilizá-los por um período prolongado.

 

Além dos remédios, a acupuntura e outros tipos de terapias alternativas também podem ajudar no manejo desse efeito colateral.

 

Queda de cabelo e fragilidade das unhas

Esse efeito colateral é bastante comum em pacientes tratados com quimioterapia. Isso acontece porque a quimioterapia “caça” células de divisão rápida e isso afeta o tumor ao mesmo tempo em que afeta outras células saudáveis do corpo, como as dos folículos capilares.

 

Além disso, também é possível que as unhas fiquem prejudicadas, já que o tratamento tende a afetar o ciclo de crescimento de novas células no corpo. Isso as torna fracas e quebradiças.

 

Nem todos os pacientes de câncer perdem os cabelos e há formas de tentar minimizar a queda, como o uso de toucas de resfriamento logo antes das sessões de quimioterapia. Ainda assim, na maior parte dos casos, não é possível eliminar esses efeitos adversos, apenas manejá-los – ou seja, dar atenção especial à pele da cabeça, aos fios restantes e aos que começarem a nascer, bem como utilizar produtos que fortaleçam as unhas.

 

Problemas de pele

Durante o tratamento de câncer, especialmente durante a quimio e a radioterapia, é comum que a pele fique ressecada ou apresente irritações e reações alérgicas. Por isso, é importante adotar cuidados como evitar banhos muito quentes, hidratar a pele com produtos potentes e protegê-la de forma eficaz contra o sol.

 

Dores

A depender do quadro, o câncer e seu tratamento podem causar dores. Um efeito possível da quimioterapia, por exemplo, é a sensibilidade aumentada em áreas do corpo como a sola dos pés, afetando a rotina do paciente.

 

O controle da dor é essencial para manter o bem-estar do paciente em níveis aceitáveis. Por isso, dependendo da intensidade desse efeito colateral, é possível administrar analgésicos cujo tipo e dosagem devem ser definidos pelo profissional que acompanha o quadro.

 

Fadiga

A fadiga é o principal efeito colateral das pacientes em tratamento para câncer. Tanto pelas questões biológicas, como o desenvolvimento de anemia, quanto pelos fatores psicológicos, o cansaço é bastante frequente e impactante na rotina das pacientes. 

 

Para amenizar o sintoma é preciso, primeiramente, checar os níveis de ferro e ferritina no sangue. Caso o paciente apresente um quadro de anemia, são realizados ajustes na alimentação ou é realizada a suplementação. Em alguns casos, pode ser preciso realizar uma transfusão sanguínea.

 

Além disso, manter uma atividade física regular e a adoção de terapias auxiliares, como acupuntura, costumam amenizar o quadro. Auxílio psicológico também é indicado para combater problemas que causam fadiga (como ansiedade, depressão, insônia, entre outros). Quando estas medidas não geram o efeito esperado, medicações podem ser administradas sob orientação médica. 

 

Perda de apetite e/ou alterações no paladar

Por causar náuseas e ainda ter a capacidade de afetar o sistema nervoso (dependendo da extensão e da agressividade do tratamento), também é possível que o paciente perca o apetite ou sinta alterações no paladar.

 

Nestes casos, uma dica é optar por comer mais vezes ao dia em porções menores em vez de fazer três grandes refeições. Outra opção é recorrer a bebidas apropriadas para complementar a nutrição – e, se possível, tratar as náuseas. Alguns nutrólogos indicam ainda a reposição de zinco para ajudar os pacientes em tratamento oncológico. 

 

Já quanto às alterações no paladar, é indicado que o paciente busque intensificar os temperos em sua alimentação, evite alimentos muito frios ou muito quentes e use talheres de plástico caso os alimentos estejam com gosto metálico.

 

 

Inchaços

Em casos nos quais linfonodos são removidos no tratamento de câncer ou quando a radioterapia os prejudica, os fluidos linfáticos podem não passar pelo processo de drenagem adequado. Nesses casos, pode haver linfedema, ou seja, inchaço em algumas partes do corpo devido ao acúmulo de líquido.

 

O linfedema pode ser tratado com drenagem linfática, terapia de compressão e fisioterapia

 

Queda da libido

O tratamento de câncer pode afetar os hormônios femininos e, assim, diminuir a libido. Além disso, também pode haver efeitos colaterais como secura vaginal e fadiga, que afetam diretamente a vida sexual da paciente.

 

Nesses casos, é fundamental ouvir o próprio corpo e não ultrapassar nenhum limite. Caso a questão da falta de libido incomode a paciente, é possível conversar com o médico oncologista responsável pelo tratamento e buscar uma abordagem multidisciplinar, juntamente com ginecologistas e especialistas. Pomadas, géis, lasers e aromaterapia são alguns dos recursos que podem ser utilizados.

 

Sintomas parecidos com os gripais

Principalmente logo depois da aplicação de tratamentos como quimioterapia e imunoterapia, o paciente pode sentir sintomas parecidos com os de uma gripe. Sendo assim, febre, dor no corpo, dores de cabeça e fadiga podem aparecer.

 

Esses sintomas tendem a desaparecer naturalmente pouco tempo após a aplicação do tratamento – e, se isso não acontecer, é fundamental comunicar o médico responsável pelo caso para avaliar o quadro e a necessidade de usar algum medicamento.

 

Alterações no sangue

O tratamento de câncer também pode afetar a medula óssea, responsável pela produção do sangue no corpo. Sendo assim, a contagem de células sanguíneas pode sofrer consequências, gerando distúrbios como anemia ou baixa imunidade. 

 

Nesses casos, é fundamental realizar exames de sangue na frequência recomendada pelo médico oncologista, bem como intensificar a prevenção a infecções com higiene, nutrição e monitoramento adequado.

 

Em alguns quadros, pode ser preciso realizar intervenções como, por exemplo, transfusões ou mesmo medicações que estimulem a produção de células de sangue pela medula óssea

 

Problemas de fertilidade

Especialmente quando realizam terapia hormonal para câncer de mama, câncer de ovário e outros, mulheres podem ter a fertilidade comprometida. É fundamental, por isso, avaliar bem as vantagens e desvantagens de se utilizar esse tratamento, levando em consideração, por exemplo, a idade da paciente, os planos de maternidade, a gravidade do câncer, entre outros.

 

Saiba mais sobre a relação entre o tratamento oncológico e a fertilidade feminina aqui

 

Apesar de frequentes, os efeitos adversos do tratamento do câncer de mama não devem desestimular a adoção do plano terapêutico. A ação de uma equipe multidisciplinar somada ao acompanhamento próximo do oncologista visam atenuar tais impactos e proporcionar qualidade de vida ao paciente. 

Além disso, tais sintomas, em alguns casos, podem ser minimizados pela aplicação da medicina de precisão. Se quiser saber mais sobre esta área da oncologia, entre em contato e marque uma consulta. 

 

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