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Câncer de mama e a qualidade de vida

Câncer de mama e a qualidade de vida

O câncer de mama é o tipo de câncer mais prevalente em mulheres, de acordo a Organização Mundial da Saúde – OMS. Apesar de não ser a neoplasia mais letal dentre os tumores, sua evolução pode ser muito diferente em cada caso. Além da variedade de subtipos que apresentam diversos graus de agressividade, outros fatores influenciam na evolução dos casos, como estadiamento no momento do diagnóstico e outras doenças prévias que a paciente possa ter. 

O principal fator que torna a evolução da doença mais favorável em comparação a outros tipos de câncer é o trabalho de prevenção realizado na maioria dos casos. A descoberta precoce é um ponto fundamental para o manejo do tratamento a fim de  minimizar os sintomas, além de aumentar as chances de sucesso. 

Além disso, a medicina hoje vai além de se preocupar apenas com o tratamento e eliminação da doença. Os estudos relacionados ao tratamento do câncer buscam, acima de tudo, que o paciente conviva com doença de forma positiva, tenha menos efeitos colaterais e maior sobrevida. Quando se trata de câncer de mama, a evolução das opções de tratamento é notória e permite uma individualização importante das propostas terapêuticas. Considerando todo o cenário, é possível afirmar que a qualidade de vida é compatível com o tratamento do câncer de mama. 

 

Sintomas

De maneira geral, o câncer de mama consiste em células cancerosas (ou seja, que se multiplicam de forma desordenada) que, juntas, formam um tumor no seio. Além disso, também há a possibilidade destas células migrarem para regiões próximas, como os linfonodos nas axilas, ou para outros órgãos – e, por isso, a gama de sintomas de câncer de mama é vasta.

 O sintoma de câncer de mama mais lembrado é o nódulo no seio, que pode ou não ser notado no autoexame. Geralmente, no entanto, apenas nódulos mais “superficiais” ou que já estão muito grandes podem ser percebidos, tornando assim a mamografia (associada ou não a ultrassonografia da mama) o exame mais indicado para fazer diagnósticos da doença. 

Além do nódulo, pode haver também outros sintomas, como vermelhidão na mama, alteração no tamanho, no formato ou na aparência do seio, alteração na aparência da pele em torno do mamilo e até secreção anormal sendo expelida.

 A presença ou ausência de sintomas no câncer de mama, porém, depende do estadiamento da doença – ou seja, do quão avançada ela está. Há casos em que a paciente não percebe nenhuma alteração e não sente nenhum nódulo, mas o tumor aparece durante os exames de rotina.

  

Câncer de mama tem cura?

Há, atualmente, uma série de tratamentos para câncer de mama, e cada caso é avaliado e conduzido de forma particular. A remissão completa (ausência de células cancerosas em exames anos após a doença ser tratada) é, sim, possível, e a chance de isso acontecer depende de uma série de fatores, como

  • Estadiamento do câncer: quanto mais inicial for o estágio em que a doença é descoberta, maiores são as chances de haver remissão;
  • Tipo do câncer de mama (alguns são mais agressivos que outros);
  • Saúde do paciente de forma geral;
  • Histórico de tratamento prévio para câncer.

 

Tratamento para câncer de mama

O tratamento do câncer de mama avançou consideravelmente durante as últimas décadas. Enquanto, anteriormente, a mastectomia total (remoção cirúrgica da mama) era a única alternativa de tratamento, atualmente a intervenção cirúrgica pode até ser pontual – e, a depender da patologia do tumor retirado, o procedimento poderá ser associado a uma ou mais das seguintes alternativas: 

  • Quimioterapia (por via endovenosa ou oral);
  • Radioterapia;
  • Imunoterapia;
  • Terapia alvo-direcionada;
  • Terapia hormonal.

 

É possível ter qualidade de vida com câncer de mama?

Tanto quando há remissão total da doença, quanto em casos nos quais há apenas a possibilidade de controle da doença, é, sim, possível manter a qualidade de vida durante e após o tratamento do câncer de mama. 

Assim como outros tipos de câncer, o câncer de mama é uma doença que impacta o paciente e todos a sua volta, tanto no âmbito físico quanto no emocional. Para minimizar os possíveis efeitos adversos associados ao tratamento ou da ideia de conviver com o câncer, é indicado: 

  • Ter uma boa rede de apoio: seja ela formada por profissionais de saúde, amigos ou familiares, é imprescindível que o paciente tenha com quem contar. Desta forma, é possível dividir com alguém as preocupações, os cuidados e tarefas do dia a dia que podem ter sua execução comprometida devido à doença;
  • Praticar atividades físicas: desde que o médico responsável pelo quadro autorize, exercitar-se durante o tratamento do câncer é benéfico tanto para o bem-estar físico quanto para o estado psicológico do paciente. É possível, por exemplo, apostar em atividades mais leves, como caminhada, ioga e nado para melhorar os níveis de energia do corpo, aliviar o estresse e até reduzir sintomas relacionados ao tratamento, como náuseas e dor;
  • Meditar: por ajudar a organizar pensamentos e emoções, a meditação também pode ser uma grande aliada durante o tratamento ou a convivência com o câncer;
  • Alimentar-se bem: uma dieta balanceada é essencial para manter a saúde do corpo e os níveis de energia ideais. Durante o tratamento, a alimentação pode ser afetada pelos efeitos das medicações – e, por isso, comunicar ao médico sobre os sintomas e contar com um nutricionista são ações importantes para contornar o problema;
  • Buscar apoio psicológico e terapêutico de forma geral: tanto para quem está doente quanto para quem cuida da pessoa ou convive com ela de alguma forma, buscar apoio psicológico é bastante importante. A terapia ajuda a enfrentar as dificuldades com menos ansiedade e mais assertividade – e além da convencional, é possível também apostar em outros métodos, como a acupuntura, caso sejam liberados pelo oncologista responsável pelo quadro;
  • Comunicar-se abertamente com os médicos: diversos sintomas relacionados ao câncer e ao tratamento da doença podem ser manejados com medicações ou ajustes na rotina – e, por isso, é essencial manter uma comunicação aberta e honesta com os profissionais de saúde responsáveis pelo caso, de forma a solucionar questões que podem melhorar a qualidade de vida do paciente.

 

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