Carcinoma Lobular Invasivo: Tratamento, Diagnóstico e Mais
O carcinoma lobular invasivo (CLI) é um dos tipos menos comuns de câncer de mama invasivo. Enquanto o carcinoma ductal invasivo (CDI) compreende de 70% a 80% dos casos, o CLI corresponde de 5% a 10% deles. Apesar de menos frequente e de difícil diagnóstico pela forma como se apresenta, o carcinoma lobular invasivo geralmente tem melhor prognóstico.
Saiba tudo sobre carcinoma lobular invasivo, incluindo as chances de cura do câncer, os tipos de tratamento para a doença e mais:
Carcinoma lobular invasivo da mama: o que é
O carcinoma lobular invasivo (ou carcinoma lobular infiltrante) é o segundo tipo mais comum de câncer de mama invasivo, ficando atrás apenas do carcinoma ductal invasivo. No entanto, de maneira geral, ele ainda é considerado raro e ocorre em apenas entre 5% e 10% dos casos.
As principais características do carcinoma lobular invasivo são:
- Dificuldade de detecção em exames de imagem
- Menor sensibilidade à quimioterapia;
- Comumente se apresentam como doença com vários focos de câncer na mama.
A principal diferença entre o CLI e o carcinoma ductal invasivo está nas células que dão origem ao tumor. Os carcinomas ductais invasivos se originam nos ductos, canais que levam o leite materno até os mamilos. Já os carcinomas lobulares invasivos se originam nos lóbulos, células que produzem o leite.
Além disso, eles se diferenciam também pela presença de uma molécula chamada E-caderina. Ao contrário do que ocorre no carcinoma ductal invasivo, o carcinoma lobular invasivo não tem expressão de E-caderina. Como essa é uma molécula de adesão celular, a perda da expressão dela faz com que o câncer lobular invasivo seja um tumor mais “espalhado”. Ele forma menos nódulos e, portanto, é mais difícil de ser identificado nos exames de imagem
A estrutura do carcinoma lobular invasivo é de células que crescem em linhas retas. Isso forma camadas lisas como “folhas”, e não irregulares a ponto de formar um caroço na mama.
Esse tipo de carcinoma invasivo costuma se apresentar da seguinte forma:
- Receptores hormonais (de estrogênio e progesterona) positivos;
- Ausência de expressão da proteína HER 2;
- Baixo índice de proliferação celular (medido pelo marcador Ki-67).
Diagnóstico de carcinoma lobular invasivo
A ausência de nódulos e calcificações dificulta a detecção desse tipo raro de câncer pela mamografia. Seu diagnóstico costuma ser feito por meio da combinação de ultrassonografia ou ressonância magnética da mama e biópsia.
Apesar da dificuldade de identificação, a suspeita também pode partir da identificação de uma área com aparência incomum na mamografia. O mais comum de acontecer nesses casos é a identificação de assimetria focal, presença de microcalcificações com características suspeitas e distorção arquitetural.
Carcinoma lobular invasivo: sintomas
Muitas vezes, o carcinoma lobular invasivo não traz sintomas. Quando há sintomas, eles costumam se limitar ao inchaço ou enrijecimento de alguma área da mama. Esse tipo de sintoma é diferente dos nódulos “clássicos” geralmente associados ao câncer de mama. Isso acontece porque as células deste câncer crescem em camadas.
Outros possíveis sintomas de carcinoma lobular invasivo são:
- Irritação da pele do seio;
- Formação de “covinhas” na mama (pele repuxada);
- Dor no seio ou no mamilo;
- Secreção mamilar;
- Inchaço ou surgimento de nódulo na axila.
Carcinoma lobular invasivo tem cura? Como é o tratamento?
Sim, é possível curar um carcinoma lobular invasivo. Esse tipo de câncer de mama, inclusive, tem prognóstico mais favorável, com chances de cura acima de 95% se descoberto em estágio inicial.
O tratamento desse tipo de câncer é como o de carcinomas não especiais (também chamados de ductais invasivos). Ele pode envolver cirurgia. No caso de um tumor pequeno, a cirurgia pode ser conservadora (quadrantectomia). Em alguns casos pode ser necessária a realização de tratamento neoadjuvante, com objetivo de diminuir o tumor antes de uma cirurgia. A adenomastectomia ou mastectomia total podem ser indicadas quando há vários focos do câncer ou quando o tumor infiltrou a pele.
A hormonioterapia ou terapia hormonal também pode ser parte do tratamento quando o carcinoma apresenta receptores hormonais.
O diagnóstico de Carcinoma Lobular Invasivo costuma assustar a paciente e gerar apreensão. Seja pelo fato de se tratar de um tumor raro, seja pelas características da doença. No entanto, é possível tratar o CLI e manter uma vida normal. Caso tenha interesse, entre em contato e agende uma consulta. Vou ficar feliz em poder te acompanhar nessa jornada contra o Câncer de Mama.
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Qual a gravidade do carcinoma invasivo?
A gravidade de um carcinoma invasivo depende do estadiamento da doença. Se o carcinoma é invasivo, significa que as células têm a capacidade de invadir tecidos adjacentes, diferentemente dos carcinomas in situ. A partir disso, avaliação das características da célula tumoral e estadiamento com exames de imagem são feitos para saber em qual grau o câncer está.
Se identificado no início, o prognóstico tende a ser mais positivo. Um câncer localmente avançado ou com metástase (acometimento de outros tecidos) já torna o quadro mais complexo. Nestes casos, o primeiro objetivo é controlar o avanço da doença e minimizar sintomas causados pelos tumores.
Além disso, a gravidade do carcinoma invasivo também é determinada por outras características do tumor. Caso ele seja triplo-negativo, por exemplo, a opção de modalidades de tratamento diminui. O mesmo vale para o câncer de mama inflamatório, que já surge como um câncer mais avançado.
Qual o tratamento para carcinoma mamário invasivo?
O tratamento para um carcinoma mamário invasivo depende de diversos fatores. São eles:
- Estadiamento da doença;
- Presença de metástase;
- Tipo do câncer;
- Tamanho do tumor;
- Localização do tumor;
- Quadro clínico geral do paciente;
- Presença de receptores hormonais, proteína HER 2 e fator de crescimento Ki-67.
Esses fatores determinam a susceptibilidade ou a resistência de um câncer de mama a determinados tipos de tratamento.
Qual a diferença entre carcinoma ductal e lobular?
O carcinoma ductal surge nas células que revestem os ductos mamários. Essas estruturas são pequenos tubos que levam o leite materno do local onde ele é produzido até os mamilos. Já o carcinoma lobular surge nas células que revestem os lóbulos, estruturas que produzem o leite materno.
Além disso, a estrutura do carcinoma lobular é diferente da estrutura do carcinoma ductal. Isso porque suas células formam camadas mais lisas no tecido mamário, devido à ausência da molécula E-caderina. Sendo assim, ele não forma tumores duros ou calcificações, mas sim alterações de difícil identificação ou palpação.
Esses carcinomas podem ser: carcinoma lobular in situ, carcinoma ductal in situ, carcinoma lobular invasivo e carcinoma ductal invasivo.