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Exames para câncer de mama: como são o diagnóstico e acompanhamento da doença

Exames para câncer de mama: como são o diagnóstico e acompanhamento da doença

O câncer de mama pode ser uma doença silenciosa. Ela geralmente não apresenta muitos sintomas ou sinais visíveis tanto em seu estágio inicial quanto durante sua evolução. Por isso, é justo dizer que os exames são os maiores aliados da paciente com câncer de mama e do oncologista responsável pelo caso. 

Em cada fase, os exames possuem um papel e podem mudar o curso da doença. 

Primeiramente, vale ressaltar que o câncer de mama é uma doença cuja evolução se beneficia do diagnóstico precoce. Isso significa que quanto mais cedo ele é descoberto, há mais chances de cura do câncer de mama

A base do diagnóstico precoce é a aplicação de um protocolo de rastreio. Ou seja, a realização periódica de exames para verificar a existência de câncer de mama. Além do rastreio, há também exames que complementam o diagnóstico, além dos feitos após o tratamento. 

Conheça abaixo todos os exames que podem ser requisitados para prevenir, diagnosticar, estadiar e monitorar o câncer de mama.

Quais são os exames para câncer de mama?

Os exames de câncer de mama podem ser de imagem, de sangue e até cirúrgicos. Os mais comuns são: 

  • Mamografia;
  • Ultrassonografia das mamas;
  • Ressonância de mamas;
  • Cintilografia óssea;
  • Tomografias de tórax, abdome e pelve;
  • Ressonância ou tomografia de crânio;
  • PET-CT ou PET-RM com contrastes FDG ou FES;
  • Biópsia do tecido mamário.

Cada exame é feito em uma fase da jornada contra o câncer de mama: investigação e diagnóstico, tratamento e monitoramento. Eles possuem diversas funções. Entre elas: 

  • Identificar a doença em seus primeiros sinais;
  • Definir o tipo de tumor e suas características;
  • Acompanhar o desenvolvimento da neoplasia;
  • Monitorar sinais de retorno após o tratamento.

Exames preventivos para câncer de mama

Para saber se têm câncer de mama, os pacientes devem se atentar às recomendações de prevenção. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam um rastreio mais frequente. Mulheres em outras faixas etárias devem consultar o ginecologista para recomendações com base no histórico pessoal.

São considerados exames preventivos para câncer de mama:

  • Mamografia

A mamografia é como um raio-x do seio. Nesse exame, a mama é colocada entre duas lâminas que a achatam de maneira uniforme. É possível, portanto, enxergar mesmo nódulos pequenos e profundos. 

A mamografia é considerada o exame padrão-ouro no rastreamento de câncer, significando que ele é essencial;

A mamografia é o exame padrão ouro no diagnóstico do câncer de mama feito pelos melhores oncologistas.
  • Ressonância magnética dos seios com contraste

Esse exame também tem o objetivo de fornecer imagens do interior dos seios feitas com o uso de radiação. Com a paciente em uma maca, um dispositivo magnético gira ao seu redor captando imagens de diversas camadas do seio. Ressonâncias, porém, podem demonstrar anormalidades que, na realidade, não existem. Por isso, costuma ser utilizado apenas em pacientes com risco aumentado para câncer de mama;

  • Exame clínico do seio e autoexame de mama

O exame clínico da mama é feito por médicos, geralmente ginecologistas, mastologistas ou oncologistas. Durante as consultas de rotina, o especialista apalpa de forma específica os seios da paciente em busca de nódulos. O autoexame, feito pela própria mulher, também complementa a prevenção do câncer de mama. No entanto, vale destacar que essas modalidades são pouco sensíveis e podem não ser suficientes para garantir o diagnóstico precoce.

É importante frisar que, em qualquer idade, mulheres devem se informar com um especialista sobre o rastreio do câncer de mama. Tudo depende do histórico familiar e dos fatores de risco de cada paciente. Sendo assim, é possível que a indicação para a realização de exames mude.

A partir dos 70 anos de idade, os riscos para desenvolvimento do câncer de mama são reduzidos. Dessa forma, os exames indicados para rastreio podem ser individualizados. Em caso de suspeita, a investigação de câncer de mama deve ser conduzida pelo geriatra, ginecologista, oncologista de câncer de mama ou especialista que acompanha a paciente.

Exames pós-diagnóstico de câncer de mama

Após o diagnóstico do câncer ser confirmado com uma biópsia, outros exames podem ser requisitados. Eles servem para:

  • Entender a complexidade e tamanho do tumor;
  • Compreender a extensão da doença;
  • Descobrir a localização exata do tumor;
  • Verificar a presença de metástases.

Em alguns casos, a investigação da doença vai além da mama e amplia o olhar também a outros órgãos. Por isso, a lista de exames pós-diagnóstico é mais ampla e pode incluir:

Ultrassonografia de linfonodos axilares

Com um aparelho de ultrassom, verifica-se o estado dos linfonodos axilares. Isso porque essas estruturas frequentemente são afetadas pelo câncer de mama. De acordo com o resultado, pode ser realizada uma biópsia para pesquisa. 

Exames de sangue para câncer de mama

O exame de sangue possui diversas funções, sendo a mais importante, poder fornecer um panorama geral do estado de saúde da paciente. Marcadores séricos tumorais (que são proteínas dosadas no sangue) como CA125, CA 15.3, CEA, CA 27.29 não são específicos para câncer de mama e não devem ser utilizados para rastreio.

Ressonância magnética de mamas

O exame mais detalhado para avaliação do parênquima mamário. 

Tomografia computadorizada

É um exame que permite visualizar detalhadamente os tecidos do corpo. Com ela, a ideia é averiguar a presença de metástases em outros órgãos, como pulmões, cérebro, etc.

PET scan para câncer de mama

É uma modalidade de exame de imagem que utiliza um contraste endovenoso para identificar células que se dividem rapidamente (contraste com glicose marcada) ou células que expressam receptor de estrogênio (contraste com estrogênio marcado). Dessa maneira uma fotografia do corpo todo é realizada e alterações sugestivas de câncer em atividade podem ser identificadas.  O objetivo é procurar se o câncer se espalhou para outros tecidos.

Cintilografia óssea

Metástase óssea é uma das mais comuns em casos de câncer de mama. Por isso, a cintilografia óssea também pode ser um exame requisitado. É um exame que utiliza contraste para avaliar áreas dos ossos possivelmente afetadas por células cancerígenas.

Exames pós-tratamento do câncer de mama

Após o fim do tratamento do câncer de mama, que costuma incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia, o monitoramento deve continuar. 

O próprio câncer de mama é um fator de risco para o surgimento de outras neoplasias. Além disso, dependendo do subtipo imunohistoquímico, os cinco primeiros anos após a última sessão de tratamento são os mais propensos a recidivas. Sendo assim, pacientes com esse histórico precisam ter cuidados redobrados.

A primeira mamografia, em geral, é indicada para ocorrer seis meses após o fim do tratamento inicial (cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico). Entre o 1º e o 3º anos após o fim das quimioterapias e/ou radioterapias, é indicado um exame clínico trimestral e mamografias anuais. 

Já do 4º ao 5º ano após o fim do tratamento, é indicado um exame clínico semestral/anual e uma mamografia anual.

Após 5 anos desde a ocorrência do câncer, as chances de ele retornar diminuem. Sendo assim, é indicado que pacientes nesse estágio realizem um exame clínico anual e uma mamografia a cada dois anos.

Em alguns casos, pacientes têm os dois seios removidos no tratamento de um câncer. Nessas situações, o acompanhamento pós-tratamento deve ser individualizado.

Câncer de mama: quando buscar um oncologista?

O oncologista é o médico responsável por tratar o câncer com medicamentos, acompanhar a paciente durante a jornada e oferecer o seguimento adequado. Portanto, costumam ser acionados diante a suspeita ou confirmação de câncer.

A sua escolha deve ser baseada em fatores como formação acadêmica e afinidade de valores. Outro ponto a ser considerado é a experiência do profissional com o tipo de câncer identificado. Muitos oncologistas são especializados em um subtipo da doença, o que pode ajudar no manejo das circunstâncias específicas relacionadas a este quadro. 

O diagnóstico do câncer é feito por uma equipe multidisciplinar que inclui oncologistas clínicos, mastologistas, radiologistas e patologistas. O plano de tratamento também é discutido de maneira multidisciplinar.

O câncer de mama é uma doença que, quando identificada cedo, tem grandes chances de cura. Sendo assim, o diagnóstico precoce é valioso. Portanto, a realização de exames de rastreio é a principal ferramenta para prevenção.

Em caso de suspeita de câncer de mama, procure um oncologista de câncer de mama em São Paulo ou em outro centro de tratamento viável para você. Confiar em seu médico e confiar em seu plano de tratamento é essencial para se sentir segura nesta jornada. 

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