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Câncer de mama no Brasil: relatório do INCA aponta cobertura mamográfica defasada

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Câncer de mama no Brasil: relatório do INCA aponta cobertura mamográfica defasada

Excluindo tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o que mais afeta mulheres em todo o Brasil. Não existe uma região do País em que esse dado não se confirme. Além disso, ele também representa a primeira causa de morte de mulheres por câncer em território nacional.

Esses e outros dados aparecem no mais atual documento sobre controle do câncer de mama no Brasil. Elaborado pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), o levantamento mostra que houve alguns poucos avanços na cobertura do rastreamento da doença – mas outros dados ressaltam a importância de seguir trabalhando na conscientização de mulheres.

 

Câncer de mama no Brasil: estatísticas recentes

Incidência do câncer de mama no Brasil

De acordo com o levantamento “Controle do Câncer de Mama no Brasil: Dados e Números de 2024”, estima-se que o País tenha cerca de 73.6 mil novos casos da doença ao ano entre 2023 e 2025. Isso significa que, a cada 100 mil mulheres, 41.8 delas terão câncer de mama.

O levantamento também confirmou a ideia de que a maior parte dos casos acontece em mulheres com idade igual ou superior a 50 anos – e que a incidência da doença em homens é de apenas 1% entre todos os diagnósticos de câncer de mama.

 

Mortes por câncer de mama no Brasil

 

O câncer de mama é, hoje, o tipo que mais causa a morte de mulheres pela doença no Brasil. Desde o ano 2000, o número de óbitos por câncer de mama teve poucos (e discretos) momentos de queda. O mais expressivo aconteceu entre 2020 e 2021, e se crê que o motivo foi a Covid-19 como uma “concorrente” entre as causas de morte. Após o fim da pandemia, o número de mortes por esse tipo de câncer voltou a crescer.

Segundo o levantamento, as regiões Sul e Sudeste têm as maiores taxas de mortalidade pela doença (13.6 e 13.16 óbitos a cada 100 mil mulheres, nesta ordem). A seguir, a ordem de regiões por taxa de mortalidade pela doença traz o Centro-oeste, o Nordeste e o Norte. Cerca de 45% do total de óbitos por câncer de mama no País ocorre em mulheres entre 50 e 69 anos.

Segundo o levantamento, as regiões Sul e Sudeste têm as maiores taxas de mortalidade pela doença (13.6 e 13.16 óbitos a cada 100 mil mulheres, nesta ordem). A seguir, a ordem de regiões por taxa de mortalidade pela doença traz o Centro-oeste, o Nordeste e o Norte. Cerca de 45% do total de óbitos por câncer de mama no País ocorre em mulheres entre 50 e 69 anos.

 

Mamografia no Brasil: quem pode e precisa fazer, faz?

 

Alguns dos dados mais preocupantes da pesquisa têm relação com a cobertura mamográfica no País. No Brasil, a indicação é de que todas as mulheres entre 50 a 69 anos, mesmo sem sintomas de câncer de mama, façam mamografia a cada dois anos. Após uma queda na quantidade de mamografias feitas ao longo da pandemia de Covid-19, os números se recuperaram em 2023 – mas isso está longe de bastar.

Levando em consideração o período de 2013 até o momento pré-pandemia (2019), a quantidade de mamografias feitas cresceu. Ainda assim, a cobertura mamográfica no Brasil ficou em 58,3% em 2019. Isso significa que menos de 60% das mulheres que devem fazer a mamografia, realmente buscam o exame.

O levantamento observou ainda diferenças na busca por mamografias de rastreio entre mulheres de diferentes condições socioeconômicas.

O percentual de cobertura mamográfica cresce de forma proporcional ao grau de instrução e à renda da mulher. Mulheres que ganham mais que cinco salários-mínimos, por exemplo, fazem quase o dobro do número de mamografias do que mulheres sem rendimento ou com rendimento menor que um salário-mínimo.

Além disso, mulheres que se autodeclaram pretas ou pardas concentram a menor proporção de mamografias feitas no País.

 

Mamografias pelo SUS (Sistema Único de Saúde): números

 

Outro dado alarmante é o da realização de mamografias por mulheres que dependem exclusivamente do SUS. Segundo a pesquisa, menos de 35% das mulheres elegíveis para o exame e que têm como exclusividade o sistema público o fazem. Isso significa que dois terços da população que precisa rastrear a doença pelo SUS, não se integram à prevenção. 

Em alguns estados, esses números são ainda mais extremos. Em Roraima, por exemplo, o percentual de mulheres elegíveis para mamografia que de fato fazem o procedimento fica em apenas 6.6%. Em geral, as regiões Norte e Centro-oeste são as com menor cobertura mamográfica pelo SUS.

 

Mulheres não rastreadas

 

A pesquisa aponta ainda um número alto de “abstenções” de forma geral. Uma a cada quatro mulheres (25%) entre 50 e 69 anos no Brasil nunca fizeram uma mamografia. As regiões com menor adesão ao exame entre mulheres elegíveis são Norte e Nordeste.

Por outro lado, é importante observar que a quantidade de mulheres não rastreadas caiu entre 2013 e 2019. Antes, o percentual de mulheres elegíveis que nunca haviam feito o exame era de 31.5%.

Realizar o acompanhamento com seu médico e realizar o rastreio conforme sua orientação é a melhor forma de prevenir o câncer de mama. No caso da confirmação do diagnóstico da doença, busque o acompanhamento de uma oncologista especializada em câncer de mama.

Clique aqui para ter acesso ao levantamento mais atual do Inca sobre Câncer de Mama no Brasil na íntegra.

 

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