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Tipos Raros de Câncer de Mama e suas características

Tipos Raros de Câncer de Mama são menos frequentes, porém, não são necessariamente mais agressivos ou graves. Dra Juliana Beal

Tipos Raros de Câncer de Mama e suas características

O câncer de mama é o tipo mais frequente da doença em mulheres: uma em cada oito mulheres podem vir a  apresentar a doença em alguma fase da vida. No entanto, ela nem sempre se manifesta da mesma forma. 

Há vários tipos de câncer de mama, entre eles, há também os tipos raros, com particularidades em relação à evolução e tratamentos. Nestes casos, o acompanhamento de um especialista em câncer de mama é essencial para melhor diagnóstico e condução.

Conheça abaixo um pouco sobre os tipos raros de câncer de mama:

Tipos raros de câncer de mama

Os tipos raros de câncer de mama são menos frequentes, porém, não são necessariamente mais agressivos ou graves. Seu ponto de atenção comparado a outros tipos é ter o diagnóstico preciso o quanto antes e ser conduzido corretamente pelo oncologista, para melhor prognóstico. 

O câncer de mama pode ser diferenciado, entre outras características, pelo formato das células que o compõe

O câncer de mama pode ser diferenciado, entre outras características, pelo formato das células que o compõe
O câncer de mama pode ser diferenciado, entre outras características, pelo formato das células que o compõe


Esses cânceres se diferenciam dos demais por sua localização, origem, formato das células e até comportamento. Entre os tumores raros de mama, é possível citar:

Carcinoma lobular invasivo

O carcinoma lobular invasivo (CLI) é um dos tipos menos comuns de câncer de mama invasivo, e estima-se que ele corresponda a 5% a 10% dos casos. Enquanto carcinomas ductais se originam nos canais que levam o leite materno até os mamilos, carcinomas lobulares se originam nas células que produzem o leite (lóbulos).

Esses tumores:

  • São mais difíceis de se detectar em exames de imagem;
  • São mais resistentes à quimioterapia;
  • Tendem a ser receptor hormonal positivo;
  • Geralmente apresentam vários focos;
  • São compostos por células organizadas em linhas retas, o que geralmente não se reflete em nódulos ou massas palpáveis.

Carcinoma tubular

Outro tipo raro de câncer de mama, o carcinoma tubular corresponde a 1% a 2% dos casos da doença. Ele geralmente se manifesta em mulheres mais idosas e a principal característica dele é a baixa agressividade. Por esse motivo, o carcinoma tubular tem altíssimas chances de cura.

Esse tipo raro da doença recebe esse nome devido às células que o estruturam. O carcinoma tubular é formado em 90% por estruturas tubulares que são muito parecidas com o tecido mamário normal. Essa é justamente a característica que expressa sua baixa agressividade: a baixa diferenciação do tecido tumoral quando comparado ao tecido mamário normal.

Carcinoma mucinoso

Esse tipo de carcinoma é o que apresenta alta produção de muco dentro e fora das células. O câncer de mama mucinoso tipo A, há maior produção de mucina (muco) e menor agressividade, enquanto o câncer de mama mucinoso tipo B geralmente é hipercelular e possui características intrínsecas mais agressivas.

Esse câncer pode se apresentar em combinação com outro câncer de tipo não-especial. Quando ele é puramente mucinoso, o prognóstico tende a ser melhor devido à progressão lenta da doença.

Carcinoma medular

Formado por células grandes que se dispõem em forma de “lençóis”, esse tipo raro de câncer de mama forma um nódulo arredondado que é frequentemente confundido com alterações benignas. O principal diferencial desse tumor é que, em geral, ele tem maior relação com mutações de BRCA 1 do que a média geral. 

Ele geralmente não tem receptores hormonais nem a proteína HER-2, além de ter alto índice de proliferação celular (Ki-67). O prognóstico desse câncer é parecido ou melhor que o dos carcinomas de tipo não-especial.

Carcinoma micropapilar invasivo

Esse tipo de câncer de mama invasivo tem comportamento altamente agressivo. Isso se reflete em um prognóstico, na maioria das vezes, mais desfavorável. Ele apresenta alta capacidade de formar metástases pelo corpo.

Carcinoma com diferenciação apócrina

Esse câncer representa de 1 a 4% dos casos de câncer de mama e se trata de um tumor com células de origem glandular. É considerado um carcinoma com diferenciação apócrina um tumor que tem mais de 90% de células apócrinas (ou seja, que apresentam conformação, formando espécies de “bolhas” ao redor).

Carcinoma metaplásico

Representando menos de 5% dos casos de câncer de mama, esse tipo da doença se caracteriza por uma mistura de células de origem epitelial e do tecido conjuntivo. Ele tem, por exemplo, células escamosas e fusiformes. Eles têm uma série de subtipos e, em geral, apresentam alta agressividade. 

Carcinomas papilíferos

Esse tipo de câncer de mama corresponde a cerca de 0.5% dos casos e surge no ducto mamário principal. Ele costuma causar secreção mamilar com sangue e, enquanto permanece no interior do ducto, trata-se de uma lesão pré-cancerosa. Apenas a partir do momento em que se manifesta fora dele, com capacidade de invadir outros tecidos, esse câncer é considerado invasivo. 

Tumores neuroendócrinos

Espalhadas por várias partes do corpo, temos as chamadas células neuroendócrinas. Elas têm a aparência de células neurológicas, mas secretam hormônios como as células do sistema endócrino. Quando elas se comportam de forma inadequada, podem formar tumores – e eles podem se manifestar em vários órgãos.

Uma das mais raras formas de tumores neuroendócrinos ocorre quando eles se manifestam na mama. Esses tumores se diferenciam dos demais por seus tipos de células e por certos biomarcadores que as designam como neuroendócrinas.

Tumor filóide

Esses são tumores que se desenvolvem no tecido conectivo da mama, e não nos ductos ou lóbulos. Eles são um tipo raro da doença, correspondendo a menos de 1% de todos os casos. Na maior parte das vezes, eles são benignos, mas parte deles pode adquirir características malignas.

Mais perguntas e respostas sobre o câncer de mama e seus tipos raros

Câncer de mama tem cura?

Em muitos dos casos, sim! O câncer de mama é uma doença com altas chances de cura a depender do grau em que está quando é feito o diagnóstico. Por isso, é essencial manter o rastreio adequado da doença conforme mandam as diretrizes. Mulheres entre 50 e 69 anos, por exemplo, devem fazer mamografias a cada dois anos, segundo o Ministério da Saúde.

Quando uma pessoa é diagnosticada com câncer de mama, é preciso respirar fundo e tentar evitar o desespero. É claro que esse quadro gera ansiedade e incertezas, mas o equilíbrio emocional é um fator importante do início ao fim dessa jornada. Diante do diagnóstico, é essencial buscar um bom oncologista – ou seja, “médico de câncer”.

Pacientes com essa doença também podem se beneficiar de um oncologista de câncer de mama, ou seja, médico especialista em câncer de mama. Tem dúvidas? Entre em contato comigo e marque uma consulta! Ficarei feliz em te apoiar durante esse processo.

Câncer de mama raro é mais grave?

O câncer de mama raro não é necessariamente mais grave.  Alguns tipos raros de câncer de mama têm desenvolvimento lento e baixo grau de agressividade, apenas apresentando características anatomopatológicas ou imunohistoquímicas menos frequentes.

O que causa um tumor carcinóide?

Tumores carcinóides são um tipo de tumor neuroendócrino. Não há uma causa exata para esse tipo de tumor, mas alguns casos podem ter ligação com síndromes familiares como neoplasia endócrina múltipla tipo 1, neurofibromatose tipo 1 e síndrome de Von Hippel-Lindau.

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