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Câncer de Mama em Estágio Inicial: Definição e Tratamentos

Câncer de mama em estágio inicial é aquele que segue restrito à mama, apesar de ter características invasivas ou apresentar risco. Dra Juliana Beal

Câncer de Mama em Estágio Inicial: Definição e Tratamentos

Em linhas gerais, um câncer de mama em estágio inicial é aquele que se limita à mama. Mas, afinal, quais as demais características do câncer nesse estágio? E o que é o câncer de mama de grau 0, 1 e 2?

Entenda o que é o câncer de mama em estágio inicial, como é feito o diagnóstico, quais as opções de tratamento e as chances de cura do câncer de mama nesses casos.

 

Câncer de mama em estágio inicial: o que é, tratamento e mais

O câncer de mama em estágio inicial é aquele que segue restrito à mama, apesar de ter características invasivas ou apresentar risco de desenvolvê-las. Em alguns casos, há comprometimento dos linfonodos, estruturas localizadas nas axilas.

O câncer de mama é considerado em estágio inicial quando está nos graus 0, 1 ou 2. A partir do câncer de mama de grau 3, a doença é considerada em estágio avançado. Isso significa que as células cancerosas têm maior capacidade de infiltração e se espalharam localmente na mama ou para outras partes do corpo.

 

Câncer de mama estadio/grau 0

O câncer de mama de grau 0 é o estágio inicial mais precoce, segundo a American Cancer Society (ACS). Ele também é chamado de carcinoma ductal in situ ou câncer não invasivo. Como o próprio nome indica, o câncer nesse estágio se limita aos ductos mamários, sem contato com outras estruturas do seio.

Apesar do câncer de mama nesse estágio não ser invasivo, a tendência é que ele se transforme em tumor invasivo ao longo do tempo, caso não seja tratado. Sendo assim, mesmo sendo uma fase bastante inicial, ela requer tratamento.

 

Câncer de mama estadio/grau 1

Afinal, o que é o câncer de mama grau 1? Esse é o primeiro estágio da doença em que ela é considerada invasiva. O câncer de mama invasivo em estágio inicial segue limitado ao seio, mas tem potencial para começar a se espalhar. Em alguns casos, pode haver algumas células cancerosas nos linfonodos.

O câncer de mama de grau 1 se divide em dois tipos:

  • Estágio 1A: tumor com até 2 centímetros e restrito à mama;
  • Estágio 1B: tumor com até 2 centímetros, restrito à mama e com indícios muito leves de células cancerosas em ao menos um linfonodo. Ele também pode apresentar só as células cancerosas nos linfonodos, sem tumor algum no seio.

 

Câncer de mama estadio/grau 2

O câncer de mama grau 2 é caracterizado por:

  • Tumor com até 2 centímetros e linfonodos comprometidos;
  • Tumor entre 2 e 5 centímetros, com ou sem comprometimento dos linfonodos;
  • Tumores com mais de 5 centímetros, sem comprometimento dos linfonodos.

 

Imagem de ressonância magnética com tumor de mama localmente avançado. A definição do estadio da doença se dá pela análise do exame de imagem da mama, dos linfonodos e pesquisa de metástases.
Imagem de ressonância magnética com tumor de mama localmente avançado. A definição do estadio da doença se dá pela análise do exame de imagem da mama, dos linfonodos e pesquisa de metástases.

 

Como saber se o câncer de mama está na fase inicial?

Para saber se o câncer de mama está em fase inicial, suas células precisam ser estudadas. Geralmente, tumores em estágio inicial – especialmente o de grau 0 – são descobertos em mamografias de rotina. Nos graus 1 e 2, é possível que a paciente encontre indícios no autoexame, mas o diagnóstico também requer um exame de imagem.

Com o diagnóstico confirmado, pode ser feita uma biópsia do tumor. A partir do estudo das células, junto de características como tamanho e localização do tumor, é possível saber se ele está na fase inicial da doença.

 

Câncer de mama: sintomas das fases iniciais

O câncer no seio em estágio inicial nem sempre dá sinais. No grau 0, por exemplo, isso raramente acontece. Já nos graus 1 e 2, em alguns casos, os sintomas iniciais do câncer podem aparecer. São eles: 

  • Caroço no seio;
  • Inversão do mamilo;
  • Surgimento de “covinhas” no seio;
  • Pele repuxada no seio;
  • Vermelhidão ou inchaço no seio;
  • Surgimento de assimetria;
  • Outras mudanças nas características da pele da mama.

 

Tratamento do câncer de mama em estágio inicial

O tratamento da doença dependerá do grau em que ela está. O câncer de mama grau 0, por exemplo, nunca vai ser tratado com quimioterapia. Nesses casos, é feita a remoção do tecido afetado pelas células cancerosas que ainda não têm o poder de invadir outros tecidos e a complementação com radioterapia pode ser necessária. Hormonioterapia profilática também é geralmente indicada..

Em casos de câncer de mama de grau 1 ou 2, a realização de tratamentos complementares também é necessária. Isso porque, como o câncer já tem características invasivas, é preciso se certificar que todas as células possivelmente espalhadas pelos seios foram eliminadas.

Sendo assim, o médico oncologista pode recomendar tratamentos como quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal após a cirurgia para retirada do tumor. 

É importante frisar que, atualmente, o tratamento do câncer é bastante personalizado. A oncologia clínica preza pelo estudo detalhado dos tumores diagnosticados para, assim, designar o acompanhamento com mais chances de sucesso ao paciente.

 

Mais sobre câncer de mama

Chances de cura do câncer em estágio inicial

As chances de cura do câncer em estágio inicial podem chegar a 99%, segundo a American Cancer Society. Essa porcentagem pode variar de acordo com o estágio em que a doença está, da eficácia do tratamento, do estado clínico geral do paciente, entre outros fatores.

 

Câncer de mama: tipos

Há uma série de tipos de câncer de mama. Cada tipo tem um grupo de características particulares que incluem tamanho do tumor, sintomas apresentados, capacidade de invadir outros tecidos, presença de metástase, entre outros.

Os tipos de câncer de mama são:

  • Carcinoma ductal in situ;
  • Câncer de mama invasivo (que pode ser triplo negativo, inflamatório, metastático, entre outros);
  • Doença de Paget;
  • Angiossarcoma de mama;
  • Tumor Filoide.

 

Quais os primeiros sinais do câncer de mama?

O primeiro sinal evidente de câncer no seio costuma ser o surgimento de um caroço. Além disso, também pode ocorrer:

  • Alterações na pele e/ou no formato do seio;
  • Inversão do mamilo;
  • Secreção mamilar (com ou sem sangue);
  • Formação de “covinhas” no seio e/ou pele repuxada;
  • Dor no seio;
  • Vermelhidão e inchaço da mama.

É importante lembrar que é possível o câncer de mama não ter sintomas. Isso acontece especialmente no estágio inicial. Sendo assim, é essencial ter acompanhamento médico regular com um ginecologista ou mastologista, e realizar os exames conforme indicado para a faixa etária.

 

Existe pré-câncer de mama?

Sim, as lesões pré-cancerígenas podem ser consideradas um pré-câncer de mama. Elas são alterações nas células ou nos tecidos da mama, que têm potencial para evoluir e se tornar a doença.

Para se considerar uma lesão como um pré-câncer, tudo depende das características dela. O câncer se forma a partir de células normais que sofrem mutações.

É possível, porém, que esse processo fique apenas nas alterações benignas, como hiperplasia simples (aumento do tamanho das células). Nesses casos, não há risco iminente do surgimento de um câncer de mama. 

Quando o DNA da célula é alterado, ela passa a ser chamada de atípica. Quando a célula apresenta, por exemplo, uma hiperplasia atípica (aumento do tamanho com alteração do DNA no núcleo), há um risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de mama.

Lesões assim – que geralmente são descobertas acidentalmente – devem ser monitoradas. Hiperplasias normais não precisam de tratamento, mas hiperplasias atípicas precisam ser tratadas por um mastologista.

 

Quando buscar um médico oncologista

O médico oncologista é o “médico do câncer”, responsável por diagnosticar a doença e dar o seguimento adequado ao paciente. Geralmente, a suspeita de câncer de mama é levantada por um clínico geral, ginecologista ou mastologista. Caso ela seja confirmada, é necessário procurar um oncologista.

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