Câncer de Mama Mucinoso tem cura? Entenda esse tipo raro da doença e seus tratamentos
Quando se fala em tipos raros de câncer de mama, é comum imaginar maior dificuldade no tratamento e menores chances de cura. Isso, porém, nem sempre é verdadeiro. É o caso do câncer de mama mucinoso, que representa apenas 2% dos casos da doença.
Entenda o que é o câncer de mama mucinoso, quem tem maior tendência a tê-lo e quais suas chances de cura.
Carcinoma mucinoso de mama: o que é
O carcinoma mucinoso de mama é um câncer de mama raro, de tipo especial. Ele tem esse nome pois suas células são ricas em mucina, um tipo de substância viscosa. Devido a essa substância, ele forma nódulos relativamente moles, regulares e com aspecto gelatinoso.
Há dois tipos de carcinoma de mama mucinoso: tipo A e B. No primeiro, há maior produção de mucina e menor agressividade, enquanto no segundo tipo acontece a situação inversa.
Devido à aparência do tumor, com margens bem definidas, pode ser possível identificar um carcinoma mucinoso através das imagens da mamografia. Ainda assim, é necessário realizar uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
O câncer mucinoso de mama é um tipo de câncer de mama invasivo. Isso significa que ele tem a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. Mas não é necessariamente o que acontece, visto que a doença tem progressão lenta.
Essa doença também pode aparecer junto do câncer de mama invasivo de tipo não-especial. Quando ele é puramente mucinoso, o prognóstico é melhor.
Quem pode ter câncer de mama mucinoso
Esse tipo de câncer de mama pode acontecer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres com mais de 60 anos.
Tratamento do câncer de mama mucinoso
Em geral, esse tipo da doença tem receptores hormonais, é HER-2 negativo e tem baixos níveis de Ki-67. Isso significa que ele pode ser tratado com terapia hormonal após a cirurgia para retirada do tumor. Já terapias-alvo com foco em HER-2 não são indicadas.
Ao longo do tratamento, pode ser necessário também biopsiar os linfonodos (estruturas localizadas nas axilas) para verificar se há acometimento. Em caso positivo, eles também devem ser removidos durante a cirurgia.
Carcinoma mucinoso de mama: sobrevida
Apesar de ser um tipo raro da doença, o câncer de mama mucinoso tem altas chances de cura. A taxa de sobrevivência nesses casos é maior que 98%, especialmente quando há diagnóstico e tratamento adequados. As chances de cura são maiores que as do câncer de mama invasivo de tipo não-especial.
Sintomas de câncer de mama mucinoso
Os sinais desse tipo de câncer são os mesmos que os de outros tipos da doença. Sendo assim, é possível citar:
- Nódulo no seio;
- Alterações na pele do seio (espessamento da pele, presença de covinhas, pele com aparência de casca de laranja, etc);
- Caroço na axila;
- Secreção mamilar;
- Alteração no formato e no tamanho do seio.
Já a partir das imagens de mamografia, o principal sinal do câncer de mama mucinoso é o aspecto regular do nódulo, com margens bem definidas.
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Qual o tipo mais grave de câncer de mama?
O câncer de mama se torna mais grave conforme progride do estágio I ao IV. Um câncer de mama em estágio 4 é chamado de metastático, e indica a presença da doença em outras partes do corpo para além dos seios. As metástases mais comuns do câncer de mama são nos ossos e no cérebro.
Já entre os tipos de câncer de mama, o câncer de mama inflamatório, tipo raro da doença, também tende a ser bastante grave. Isso porque, na maior parte dos casos, ele só é diagnosticado em estágios bem avançados.
O que são marcadores tumorais e o que CA-125 indica?
Marcadores tumorais são substâncias produzidas naturalmente por células normais, e em quantidade aumentada por células cancerosas. Eles são encontrados no próprio tumor, na corrente sanguínea e até na urina e nas fezes.
Sendo assim, exames de marcador tumoral servem para monitorar a doença já diagnosticada. Há vários tipos de marcador tumoral e cada um está ligado a um ou mais tipos de câncer.
Ter altos níveis de um marcador tumoral, porém, não significa presença de câncer no corpo. Isso porque outros fatores benignos podem aumentar os níveis dessas substâncias. Sendo assim, eles não são usados a critério de diagnóstico ou rastreio, mas podem levantar suspeitas.
Um dos mais conhecidos marcadores tumorais é o CA-125. Ele está ligado especialmente à presença de tumores de ovário. No caso do câncer de mama, o marcador tumoral mais analisado é o CA 15-3.
Câncer de mama tem cura?
A depender do estágio em que é diagnosticado, é possível dizer que o câncer de mama tem cura! Para garantir um diagnóstico precoce e o sucesso do tratamento do câncer de mama, é fundamental se atentar à prevenção, desde o autoexame até as consultas regulares com o médico.
Mulheres entre 50 e 69 anos, por exemplo, devem realizar mamografias a cada dois anos para rastrear a doença, segundo as orientações do Ministério da Saúde. Mulheres com menos de 50 anos que têm risco aumentado de desenvolver a doença devem consultar um médico – de preferência oncologista – para definir a melhor forma de fazer o rastreio.
Geralmente, ginecologistas e mastologistas são os responsáveis por levantar a suspeita de câncer de mama. Caso os exames fortaleçam essa suspeita, o paciente deve procurar um médico oncologista, responsável pelo diagnóstico e tratamento do câncer.
Há médicos oncologistas especialistas em vários tipos da doença. O oncologista de câncer de mama, por exemplo, é especializado em tumores na mama e pode ser o mais indicado para lidar com a suspeita dessa doença.
Caso tenha dúvidas sobre a doença e queira mais informações, entre em contato e agende a sua consulta!