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Exercício físico no tratamento do câncer

Exercício físico no tratamento do câncer

Praticar exercícios físicos regularmente faz bem à saúde e é raro encontrar quem nunca tenha ouvido falar nisso. Quando uma pessoa é diagnosticada com câncer, porém, muitos têm dúvidas se esse conceito ainda se aplica O repouso pode ser necessário durante o tratamento do câncer – mas evidências apontam que continuar ou começar uma atividade física melhoram o bem-estar e o prognóstico de um paciente.

Saiba mais sobre a relação entre o exercício físico e o câncer, os cuidados que devem ser tomados neste momento e a importância de se manter ativo durante o tratamento:

 

Exercício físico e o câncer: manter o corpo ativo traz benefícios ao paciente

Praticar exercícios físicos faz bem para quem tem câncer, como recomendam o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a American Cancer Society. Sua realização traz benefícios como:

  • Redução da fadiga;
  • Melhora na qualidade do sono;
  • Auxílio no controle de depressão e ansiedade;
  • Fortalecimento do sistema imunológico;
  • Redução dos efeitos colaterais relacionados ao tratamento do câncer;
  • Auxílio no controle de doenças que podem interferir no tratamento do câncer (como diabetes e obesidade, por exemplo);
  • Auxílio na recuperação pós-operatória;
  • Controle de peso;
  • Melhora na qualidade de vida de forma geral;
  • Melhora do apetite;
  • Melhora na mobilidade de áreas afetadas por procedimentos cirúrgicos;
  • Prevenção de recidiva em alguns tipos de câncer;
  • Redução no risco de mortalidade geral e específica por câncer.

 

Quais exercícios físicos uma pessoa com câncer pode fazer?

Apesar da prática de exercícios físicos ser recomendada a pacientes de câncer, o tipo de atividade varia de acordo com o quadro. É possível, por exemplo, que certas modalidades sejam contraindicadas em determinados momentos (como no pós-operatório, por exemplo). De forma geral, porém, pacientes de câncer podem praticar qualquer tipo de atividade física, desde as práticas mais leves quanto as de maior intensidade, sempre sob orientação de um educador físico ou fisioterapeuta. 

 

É sabido, por exemplo, que para melhorar a sobrevida de pacientes com câncer de mama, é recomendada a prática de, ao menos, 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de atividades de intensidade vigorosa. No caso, exercícios moderados são aqueles que aumentam um pouco a frequência cardíaca e cuja percepção de esforço em uma escala de 0 a 10 é 5. Já as atividades vigorosas exigem maior esforço, aceleram bastante a respiração e, na mesma escala, têm percepção de esforço entre 7 e 8.

 

Sendo assim, entre os exercícios recomendados a pacientes com câncer, estão:

  • Pedalar;
  • Nadar;
  • Correr;
  • Caminhar (de forma lenta ou acelerada);
  • Musculação;
  • Dançar;
  • Hidroginástica;
  • Pular corda;
  • Alongamento;
  • Praticar esportes com bola.

 

Exercícios reduzem a propagação do câncer e combatem as células cancerosas?

Não há estudos que comprovem que a prática de exercícios físicos destrua células cancerosas ou as impeça de se espalhar pelo corpo. Ainda assim, a prática traz consigo uma série de motivos para ser indicada durante o tratamento de câncer. Apesar de não eliminar a doença, fazer exercícios físicos reduz o risco de mortalidade pelo câncer (e por outras causas de saúde), além de poder ajudar a prevenir o surgimento de um novo câncer ou a recidiva da doença após o tratamento.

 

Exercício físico previne câncer?

Nem todos os tipos de câncer foram estudados quando o assunto é o impacto do exercício físico na prevenção da doença. Ainda assim, há evidências que a atividade física tem um papel na prevenção de câncer de mama, de cólon e de pulmão, por exemplo (e a prática não é prejudicial em casos de outros tipos da doença).

 

Para a prevenção do câncer, é recomendada a prática de ao menos 150 minutos semanais de exercícios de intensidade moderada ou 75 minutos de atividades vigorosas. Além disso, quanto maior o tempo gasto semanalmente com exercícios físicos, maior é a queda nos riscos de se desenvolver câncer.

Atividades físicas e o câncer: cuidados e contraindicações

Tanto para quem já pratica atividades físicas e quer continuar durante o tratamento quanto para quem busca iniciar após o diagnóstico, é essencial consultar o oncologista responsável pelo caso. Isso porque, a depender das particularidades do paciente, do estadiamento do câncer, das limitações trazidas por ele ou pelo estado geral do organismo, a prática pode ser limitada ou trazer recomendações especiais.

O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, também é essencial. A supervisão de profissionais especialistas, como educador físico ou fisioterapeuta, torna a prática mais segura e proveitosa para o paciente. 

Durante alguns tratamentos de câncer, é comum que o sistema imunológico do paciente fique debilitado. Em certos casos, portanto, pode ser recomendado que ele limite o contato com outras pessoas durante a prática, escolhendo exercícios mais simples que possam ser feitos em casa, por exemplo. Nestes casos, é importante também efetuar a limpeza de qualquer equipamento compartilhado.

Além disso, tanto a doença quanto o tratamento podem prejudicar, por exemplo, o equilíbrio do paciente. Sendo assim, alguns podem não se beneficiar de atividades muito intensas com alto risco de queda e choques físicos. 

Durante tratamentos com radioterapia, é possível que haja restrições quanto à natação e esportes em que a pessoa se expõe ao sol. Nestes casos, é essencial consultar os especialistas que acompanham o tratamento antes de iniciar a prática.

Por fim, é necessário também considerar as particularidades de um possível período pós-operatório. Após uma cirurgia, é importante que o paciente se movimente – mas sempre dentro do que for seguro.

Vale ressaltar que a prática de atividades físicas por pacientes com câncer deve ser realizada sempre sob a orientação de uma equipe multiprofissional.

 

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