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Aumento da incidência de Câncer de Mama entre mulheres

Aumento da incidência de Câncer de Mama entre mulheres

Mais de um milhão de mortes por câncer foram evitadas nos Estados Unidos desde 1995 graças aos avanços da ciência da saúde (tecnologias, exames, tratamentos). A informação é da revisão de estudos publicada no início de 2024 pelo “A Cancer Journal for Clinicians”.

O artigo aponta, no entanto, que a incidência de alguns tipos da doença tem aumentado – e isso inclui o câncer de mama. O número de casos novos da doença deve ultrapassar 313 mil apenas nos Estados Unidos.

 

Casos de câncer de mama estão aumentando: por quê?

De acordo com uma revisão de estudos científicos publicada no periódico “A Cancer Journal for Clinicians”, os Estados Unidos devem ter 313.510 casos de câncer de mama em 2024, somando diagnósticos em mulheres e homens. Somente em mulheres, o número deve chegar a 310.720 mil, e ele vem acompanhado de dados importantes sobre o perfil  de pessoas sendo diagnosticadas com a doença.

Fonte: “A Cancer Journal for Clinicians” Leg: Estimativas do número de casos (acima) e mortes (abaixo) de homens (esquerda) e mulheres (direita) separadas por tipo de câncer. câncer de mama lidera a incidência feminina.

Em gráficos que mostram dados relacionados à incidência de diversos tipos de câncer desde os anos 70 até a atualidade, é possível notar que, em mulheres, o câncer de mama não só é o mais prevalente como também apresentou um aumento substancial na quantidade de diagnósticos, especialmente desde os anos 2000.

Esse aumento ocorre na contramão de outros cânceres comuns em mulheres, como o colorretal e o de pulmão. Estes tiveram uma queda na quantidade de diagnósticos (enquanto outros permaneceram relativamente estáveis em seus números). O aumento na incidência do câncer de mama tem crescido cerca de 0.6% ao ano desde 2000.

Segundo pesquisadores, há uma série de motivos pelos quais os casos de câncer de mama estão aumentando desde os anos 2000. Entre eles, é possível destacar dois fatores principais associados ao aumento da incidência de câncer de mama:

  • Queda nas taxas de fertilidade;
  • Crescente índice de obesidade.

Ambos fatores aumentam a predisposição não só câncer de mama, mas também a outros tipos de câncer.

Fonte: “A Cancer Journal for Clinicians” Leg: Gráficos de casos de câncer em homens (esquerda) e mulheres (direita) divididos por tipos ao longo dos anos (câncer de mama é retratado em rosa)

Incidência do câncer por idade

A idade é um dos maiores fatores de risco para o câncer de mama. A faixa entre 65 e 84 anos apresenta a maior chance de uma mulher ser diagnosticada com a doença em

países europeus e EUA, segundo o estudo. A incidência da doença por faixa etária nos Estados Unidos (dado indicado no estudo) é a seguinte:

  • Até os 49 anos: uma a cada 48 mulheres;
  • Entre 50 e 64: a uma a cada 25;
  • Entre 65 e 84 anos: uma a cada 14 mulheres;
  • Após os 85, a proporção cai para uma a cada 38 mulheres.

De forma geral, do nascimento à morte, uma a cada oito mulheres será diagnosticada com câncer de mama.

 

No Brasil, o maior número de diagnósticos se dá por volta dos 57 anos.

 

Mortes por câncer de mama estão caindo

A taxa de mortalidade por câncer de mama, por outro lado, vem caindo desde os anos 90. Segundo o estudo, as possíveis causas para a queda nos números de morte por câncer de mama são a adesão à mamografia periódica, o avanço dos tratamentos e o aumento de diagnósticos precoces.

É estimado que, nos Estados Unidos, de 1989 a 2021, mais de 490 mil mortes por câncer de mama foram evitadas devido a esses motivos.

Fonte: “A Cancer Journal for Clinicians” Leg: Gráficos que retratam as mortes por câncer em homens e mulheres ao longo dos anos mostram que a quantidade de vítimas de câncer de mama (traço rosa, gráfico inferior) diminui progressivamente

Câncer de mama: quem são as mais afetadas

De acordo com o levantamento, apesar de a incidência do câncer de mama ser maior em mulheres brancas dentre todas as etnias avaliadas, a mortalidade por câncer de mama é maior entre mulheres negras, também em comparação às outras etnias contabilizadas. Isso expõe, segundo o estudo, a manutenção da desigualdade financeira e de acesso ao melhor tratamento.

 

Câncer de mama: prevenção, diagnóstico, sintomas e mais

Com o aumento constante dos casos da doença, é fundamental se atentar a três fatores:

 

Quais são os fatores de risco para câncer de mama?

O principal fator de risco para o câncer de mama é o gênero. Ao longo da vida, estima-se que as mulheres tenham um risco de 12% de desenvolver câncer de mama – excluindo pacientes com histórico familiar ou pessoal importantes. Apesar de os homens também terem chances de desenvolver a doença, fatores endócrinos tornam mulheres mais propícias.

A idade é outro fator de risco para câncer de mama (que afeta, cada vez mais, mulheres entre 45 e 50 anos). Isso acontece porque, com o passar dos anos, o corpo acumula efeitos da exposição a agentes cancerígenos, além do envelhecimento causar alterações biológicas inevitáveis.

Além de gênero e idade, o histórico familiar também é algo importante de se observar. Mulheres que têm parentes diagnosticados com a doença ou com câncer de ovário são mais propensas a desenvolver tumores de mama. As chances aumentam ainda mais quando se trata de um parente direto, como avó, mãe ou irmã.

 

Outros fatores de risco para câncer de mama:

  • Tratamento prévio com radioterapia na região do tórax;
  • Menarca precoce;
  • Menopausa tardia;
  • Histórico pessoal de câncer de mama ou outros tumores;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Consumo exagerado de álcool;
  • Tabagismo;
  • Uso de medicamentos para reposição hormonal ou contracepção;
  • Tecido mamário denso;
  • Histórico reprodutivo sem gestações;
  • Não ter amamentado.

 

Como prevenir o câncer de mama?

A prevenção do câncer de mama está ligada ao rastreio eficiente da doença e à manutenção de hábitos saudáveis. Sendo assim, é indicado:

  • Manter um peso saudável;
  • Evitar o consumo de álcool e o tabagismo;
  • Evitar o consumo de alimentos industrializados;
  • Fazer atividades físicas regularmente;
  • Comunicar um especialista sobre histórico de câncer de mama na família;
  • Seguir as orientações médicas sobre a realização de exames regularmente;
  • Fazer o autoexame regularmente;
  • Observar a mama e se atentar para alterações de tonalidade, formato, textura, entre outros.

 

Quais os primeiros sinais do câncer de mama?

O principal sinal de alerta para câncer de mama é a presença de um nódulo no seio ou na axila. Além disso, porém, os sintomas iniciais do câncer de mama podem incluir:

  • Mudanças nas características na pele da mama (textura de casca de laranja);
  • Irritação e vermelhidão na pele do seio;
  • Descamação na região do mamilo;
  • Retração da pele;
  • Mamilo invertido;
  • Alteração no formato ou tamanho do seio;
  • Presença de secreção sendo expelida pelo mamilo.

Ao notar qualquer um dos sintomas indicados, é fundamental procurar atendimento médico para realizar os exames adequados.

 

O que pode ser confundido com câncer de mama?

Ainda que assuste, nem sempre um nódulo no seio é câncer de mama. Uma lesão palpável no seio pode, por exemplo, ser um fibroadenoma (nódulo benigno), um cisto, um lipoma (nódulo de gordura) ou até mastite (inflamação do tecido mamário que pode estar ligado a uma infecção).

Ainda assim, é importante buscar atendimento médico ao sinal de um nódulo palpável no seio.

 

Quais exames detectam o câncer de mama

O exame de referência para o diagnóstico de câncer de mama é a mamografia, que deve ser realizada levando em consideração a idade. A partir dos 40 anos de idade a mulher deve realizá-la anualmente e, entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Caso a paciente tenha histórico de câncer de mama na família, a mamografia pode ser feita a partir dos 35 anos ou 10 anos antes da idade do parente mais jovem diagnosticado com a doença.

Para o monitoramento de mulheres mais jovens com alto risco de desenvolver câncer de mama, médicos podem pedir exames complementares, como por exemplo:

  • Testes genéticos;
  • Ultrassonografia;
  • Ressonâncias magnéticas;
  • Tomografias;
  • PET scans;
  • Exames de sangue e mais.

Além disso, uma biópsia pode ser solicitada no caso de outros exames constatarem a presença de um nódulo com características suspeitas.

O surgimento da medicina de precisão é outro fator que reduziu os casos de morte por câncer de mama. Além disso, essa modalidade trouxe mais conforto e qualidade de vida às pacientes.

A medicina de precisão identifica fatores específicos das células cancerígenas, atacando o câncer de maneira mais direta. Desta forma, o tratamento do câncer reduz a ação sistêmica do medicamento, atenuando os efeitos colaterais.

O planejamento de tratamentos específicos é feito pelo médico oncologista especialista em medicina de precisão e em câncer de mama. Caso desconfie de um câncer de mama ou já tenha um diagnóstico, procure um oncologista em São Paulo para esclarecer suas dúvidas.

Histórico pessoal também é importante, pacientes que já tiveram um tumor ou alguma alteração na mama tem maior risco e quem sabidamente tem uma mutação genética que predisponha a maior risco tb tem.

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