
O que é o Cancro de Mama? Entenda o Termo e Detalhes da Doença
Afinal, o que é cancro de mama? Apesar de também ser utilizada ocasionalmente no Brasil, a palavra “cancro” é relacionada a uma doença chamada cancro mole, mas ela não tem qualquer relação com a doença da mama.
Entenda o termo, as diferenças para o cancro mole e mais sobre a doença abaixo.
O que é cancro?
“Cancro” é um sinônimo de câncer, ambos também conhecidos como neoplasia maligna. A palavra se refere a um conjunto de doenças caracterizadas pela multiplicação desordenada de células com mutações. A partir dessa multiplicação acelerada, forma-se um tumor com capacidade de invadir tecidos adjacentes.
Cancro de mama, portanto, é o mesmo que câncer de mama. Essa doença é caracterizada pela formação de um tumor no seio, algo que pode ocorrer em diversas estruturas. Além disso, esses tumores são caracterizados por estágios a depender de seu avanço. Eles podem ser localizados, localmente avançados, metastáticos, entre outros.
Origem da palavra cancro?
A palavra cancro tem a mesma origem da palavra câncer. Ambas vêm do termo grego “karkinos”, que significa “caranguejo” – nomeação feita por um motivo interessante.
Considerado o pai da medicina, o médico Hipócrates foi um dos primeiros responsáveis por estudar as características do câncer. Em torno de 400 a.C., ele notou semelhanças entre um tumor e seus vasos sanguíneos com um caranguejo e suas patas.
Daí, surgiu o termo – posteriormente adaptado a outros como carcinoma, câncer e cancro (sendo o último mais comum em Portugal).
Cancro de mama: tudo sobre a doença
O cancro de mama ou câncer de mama é uma das doenças que mais afeta mulheres no mundo todo. Se trata de um crescimento celular causado por células de atividade anormal e multiplicação acelerada. Conforme o tumor se desenvolve, elas podem invadir mais de uma estrutura da mama e até outras partes do corpo.
Conheça abaixo mais características do cancro de mama, incluindo causa, tratamento e sintomas:
Qual é a causa do cancro de mama?
A causa do câncer de mama em si é a multiplicação desordenada de uma célula portadora de mutação. Essa mutação pode ser herdada geneticamente ou ocasionada por um ou mais fatores externos denominados fatores de risco para câncer de mama.
São fatores de risco para câncer de mama processos como:
- Envelhecimento (com a idade, as chances de uma célula defectiva passar a se multiplicar desordenadamente aumentam);
- Gênero (mulheres têm mais chance de desenvolver câncer de mama, apesar de homens também terem a doença);
- Tabagismo;
- Consumo exagerado de alimentos ultraprocessados;
- Histórico familiar de câncer de mama;
- Histórico de tratamento com radioterapia no passado;
- Menarca (primeira menstruação) precoce;
- Menopausa tardia (após os 55 anos);
- Uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional);
- Primeira gravidez após os 30 anos de idade;
- Sedentarismo e obesidade.
Ter um ou mais destes fatores de risco não significa que o indivíduo terá a doença. Quanto mais fatores de risco uma pessoa tiver, maiores são as chances de desenvolvê-la. O câncer de mama é mais comum em mulheres a partir dos 50 anos de idade.
Quais são os sintomas do cancro de mama?
Muitas vezes o câncer de mama demora a ter sintomas perceptíveis. Há diversos casos em que a doença só é diagnosticada quando um nódulo é identificado na mamografia de rotina. Esse é o motivo pelo qual a realização do exame é tão importante e definida pela faixa etária de risco. Sua realização conforme as indicações favorece o diagnóstico precoce.
Ainda assim, há pacientes que apresentam sintomas de câncer de mama. Eles podem envolver:
- Caroço na mama (em qualquer região dela, incluindo próximo à axila);
- Alterações no formato do seio;
- Pele repuxada ou com características fora do comum;
- Vermelhidão da pele;
- Mamilo invertido ou com características fora do comum;
- Secreção mamilar;
- Dor no seio.
Na presença de um ou mais destes sintomas, é indicado procurar um médico ou médica especialista. Os mais indicados são profissionais ginecologistas ou mastologistas – e, caso uma suspeita de câncer seja levantada, o paciente é encaminhado a oncologistas clínicos.
Qual é o tratamento para o cancro de mama?
O tratamento do câncer de mama depende de uma série de fatores, como:
- Estadiamento da doença (grau de avanço e complexidade do tumor);
- Quadro clínico e idade do paciente;
- Características do tumor (suscetibilidade a determinados tratamentos, por exemplo);
- Tipo do câncer;
- Presença de metástase (focos do câncer em outra parte do corpo).
Em geral, pacientes com esse tipo de câncer podem ser tratados com hormonioterapia, quimioterapia, terapias-alvo, radioterapia, imunoterapia ou uma combinação entre mais de um tratamento.
É preciso lembrar, porém, que o tratamento do câncer é sempre multidisciplinar. Isso significa que o processo envolve diversas outras condutas terapêuticas para que o paciente seja amparado por completo. O processo, portanto, pode incluir:
- Psicólogos;
- Psiquiatras;
- Nutricionistas;
- Terapeutas ocupacionais;
- Fisioterapeutas;
- Acupunturistas;
- Odontologistas;
- Educadores físicos.
Durante todo o tratamento do câncer, o paciente é acompanhado de perto por um oncologista. Oncologistas são médicos responsáveis por diagnosticar, tratar e amparar as demais necessidades da pessoa ao longo do tratamento.
Cancro mole e cancro de mama
Devido ao fato de que algumas pessoas chamam câncer de “cancro”, pode haver dúvidas entre a relação dessa doença e da chamada cancro mole. Cânceres em geral, no entanto, não têm ligação alguma com essa doença, que é uma IST (infecção sexualmente transmissível).
O cancro mole é ocasionado pela bactéria Haemophilus ducreyi, e sua transmissão se dá pelo contato sexual. Sem qualquer semelhança com o câncer, ela ocasiona feridas com pus nos órgãos genitais, e esses machucados aumentam de tamanho e profundidade com o tempo. Esse sintoma pode vir acompanhado de dor de cabeça, febre, e nódulos na virilha (ínguas).
A prevenção dessa doença se dá pelo uso de preservativos – e existe tratamento.
Quando suspeitar de câncer de mama e buscar um oncologista
O diagnóstico de câncer de mama é feito pelo oncologista, muitas vezes chamado de “médico do câncer”. A suspeita, no entanto, costuma ser levantada em exames de rotina.
É importante que mulheres conheçam os seus corpos e realizem o autoexame. Apesar dessa importância, a mamografia ainda é considerada o melhor método de rastreio do câncer de mama. O exame deve ser realizado uma vez a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos de idade, de acordo com o Ministério da Saúde.
Mulheres que têm menos de 50 anos devem fazer consultas regulares ao ginecologista, mastologista ou clínico geral. Esses médicos realizam exames físicos e podem inclusive pedir outros exames de imagem como ultrassonografias para complementar o rastreio. Se a paciente tiver histórico familiar da doença ou muitos fatores de risco, é preciso avaliar junto a um especialista a melhor forma de prevenção.
Caso queira saber mais sobre as opções de tratamento, entre em contato e agende sua consulta.